sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

QUE COISAS DEUS TEM FEITO!

Passando em revista a nossa história, percorrendo todos os passos de nosso progresso até ao estado atual, posso dizer: "Louvado seja Deus!" Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração por Cristo, e de confiança nEle como dirigente. Nada temos a recear no futuro, a não ser que nos esqueçamos do caminho pelo qual Deus nos tem conduzido.
Somos agora um povo forte, se pomos nossa confiança no Senhor, pois estamos a tratar com as poderosas verdades da Palavra de Deus. Tudo temos que agradecer. Se andamos na luz, como resplandece ela sobre nós, procedente dos vivos oráculos divinos, teremos grandes responsabilidades, correspondentes à grande luz a nós conferida por Deus. Temos muitos deveres a cumprir, porque fomos feitos depositários da verdade sagrada, a ser dada ao mundo em toda a sua beleza e glória. Somos devedores a Deus por todas as regalias que Ele nos confiou para embelezarmos a verdade com a santidade de nosso caráter, e comunicarmos a mensagem de exortação, consolo, esperança e amor, àqueles que estão nas trevas do erro e pecado.
...
O prelo tem fornecido a literatura que difunde extensamente o conhecimento da verdade. Todos os donativos que, quais regatos, têm avolumado ao afluxo das contribuições, devem ser para nós justo motivo de gratidão a Deus.

Temos hoje um exército de jovens que, se for convenientemente dirigido e animado, muito poderá fazer. Necessitamos de que nossos filhos creiam na verdade. Desejamos que sejam abençoados por Deus. Queremos que desempenhem uma parte em bem organizados planos para auxiliarem outros jovens. Sejam eles de tal maneira preparados que possam corretamente representar a verdade, dando a razão da esperança que neles há, e honrando a Deus em qualquer ramo da obra para que estiverem habilitados! ...
Como discípulos de Cristo, temos o dever de difundir a luz que sabemos faltar ao mundo. Que o povo de Deus "enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna". I Tim. 6:18 e 19. Testemunhos Para Ministros, págs. 24-32.
“A Igreja Remanescente”, pág. 27-28.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

MUITOS ENSINAM A PALAVRA DE DEUS SEM VER O RESULTADO NESTA VIDA. MAS A PALAVRA NUNCA VOLTA VAZIA.

“Ali, todos os que trabalharam com um espírito desinteressado contemplarão os frutos de seus labores. Ver-se-á o resultado de todo princípio correto e nobre ação. Alguma coisa disto aqui vemos. Mas quão pouco dos resultados dos mais nobres trabalhos deste mundo é o que se manifesta nesta vida aos que os fazem! Quantos labutam abnegadamente, incansavelmente por aqueles que ficam além de seu alcance e conhecimento! Pais e professores tombam em seu último sono, parecendo o trabalho de sua vida ter sido feito em vão; não sabem que sua fidelidade descerrou fontes de bênçãos que jamais poderão deixar de fluir; apenas pela fé vêem as crianças que educaram tornarem-se uma bênção e inspiração a seus semelhantes, e essa influência repetir-se mil vezes mais. Muito obreiro há que envia para o mundo mensagens de alento, esperança e ânimo, palavras que levam bênçãos aos corações em todos os países; mas, quanto aos resultados, nada sabe, afadigando-se ele em solidão e obscuridade. Assim se concedem dons, aliviam-se cargas, faz-se trabalho. Os homens lançam a semente, da qual, sobre as suas sepulturas, outros recolhem a abençoada messe. Plantam árvores para que outros comam o fruto. Aqui estão contentes por saberem que puseram em atividade forças para promover o bem. No além serão vistas a ação e reação de todas estas forças. {Ed 305.4}
De todo dom que Deus outorgou, encaminhando o homem para o esforço abnegado, conserva-se no Céu um relatório. Examinar estes dons em suas extensas linhas, olhar para aqueles que mediante nossos esforços se reergueram e enobreceram, contemplar em sua história o efeito dos verdadeiros princípios — eis um dos estudos e recompensas da escola celestial. {Ed 306.1}
Ali conheceremos como também somos conhecidos. Ali, o amor e simpatia que Deus plantou na alma encontrarão o mais verdadeiro e suave exercício. A pura comunhão com seres santos, a vida social harmoniosa com os santos anjos e com os fiéis de todos os tempos, a santa associação que reúne “toda a família no Céu e na Terra”, tudo fará parte da experiência do além. {Ed 306.2}
Haverá ali música e cânticos; música e cânticos que ouvidos mortais jamais ouviram nem o espírito humano concebeu, com exceção do que em visões de Deus se tem revelado. {Ed 307.1}
“Os cantores e tocadores de instrumentos entoarão.” Salmos 87:7. “Alçarão a sua voz e cantarão com alegria; por causa da glória do Senhor.” Isaías 24:14. {Ed 307.2}
“Porque o Senhor consolará a Sião; consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão como o jardim do Senhor; gozo e alegria se achará nela, ação de graças, e voz de melodia.” Isaías 51:3. {Ed 307.3}
Ali toda faculdade se desenvolverá, e toda capacidade aumentará. Os maiores empreendimentos serão levados avante, as mais altas aspirações realizadas, as maiores ambições satisfeitas. E, todavia, surgirão novas culminâncias a galgar, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos assuntos a apelarem para as forças do corpo, espírito e alma. {Ed 307.4}
Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos filhos de Deus. Com indizível deleite unir-nos-emos na alegria e sabedoria dos seres não caídos. Participaremos dos tesouros adquiridos através dos séculos empregados na contemplação da obra de Deus. E enquanto os anos da eternidade se escoam, continuarão a trazer-nos mais gloriosas revelações. “Muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” (Efésios 3:20) será, para todo o sempre, a concessão dos dons de Deus. {Ed 307.5}
“Os Seus servos O servirão.” Apocalipse 22:3. A vida na Terra é o princípio da vida no Céu; a educação na Terra é a iniciação nos princípios do Céu; e o trabalho aqui é o preparo para o trabalho lá. O que hoje somos no caráter e serviço santo, é o prenúncio certo do que seremos. {Ed 307.6}
“O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir.” Mateus 20:28. A obra de Cristo neste mundo é Sua obra nos Céus, e a nossa recompensa por trabalhar com Ele neste mundo será o maior poder e mais amplo privilégio de com Ele trabalhar no mundo vindouro. {Ed 308.1}
“Vós sois as Minhas testemunhas, diz Deus; Eu sou Deus.” Isaías 48:12. Isso também seremos na eternidade. {Ed 308.2}
Para que foi permitido continuar o grande conflito através dos séculos? Por que foi que se não eliminou a existência de Satanás no início de sua rebelião? — Foi para que o Universo se pudesse convencer da justiça de Deus ao tratar com o mal, e para que o pecado pudesse receber condenação eterna. No plano da salvação há sumidades e profundezas, que a própria eternidade jamais poderá compreender completamente, maravilhas para as quais os anjos desejam atentar. Apenas os remidos, dentre todos os seres criados, conheceram em sua própria experiência o conflito com o pecado; trabalharam com Cristo e, conforme os mesmos anjos não o poderiam fazer, associaram-se em Seus sofrimentos; não terão eles qualquer testemunho quanto à ciência da redenção, algo que seja de valor para seres não caídos? {Ed 308.3}
Mesmo agora, aos “principados e potestades nos Céus”, “a multiforme sabedoria de Deus” se faz conhecida “pela igreja”. “E nos ressuscitou juntamente com Ele e nos fez assentar nos lugares celestiais,... para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da Sua graça, pela Sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.” Efésios 3:10; 2:6, 7. {Ed 308.4}
“No Seu templo cada um diz: Glória!” (Salmos 29:9) e o cântico que os resgatados entoarão, cântico este de sua experiência, declarará a glória de Deus: “Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso! justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem Te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o Teu nome? Porque só Tu és santo.” Apocalipse 15:3, 4. {Ed 308.5}
Em nossa vida aqui, posto que terrestre e restrita pelo pecado, a maior alegria e mais elevada educação se encontram no serviço em prol de outrem. E no futuro estado, livres das limitações próprias da humanidade pecaminosa, será no serviço que se encontrará a nossa máxima alegria e mais elevada educação — testemunhando (e aprendendo, novamente, sempre que assim o fizermos) “as riquezas da glória deste mistério”, “que é Cristo em vós, a esperança da glória”. Colossences 1:27. {Ed 309.1}
“Ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos.” 1 João 3:2. {Ed 309.2}
Então, nos resultados de Sua obra, Cristo contemplará Sua recompensa. Naquela grande multidão que ninguém pode contar, apresentada como “irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória” (Judas 24), Aquele cujo sangue nos redimiu e cuja vida nos ensinou, verá o “trabalho da Sua alma” e “ficará satisfeito”. Isaías 53:11. {Ed 309.3}
Educação – O curso superior. (Final).

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

UM VISLUMBRE DA NOVA TERRA.

“E verão o Seu rosto, e nas suas testas estará o Seu nome.”
O Céu é uma escola; o campo de seus estudos, o Universo; seu professor, o Ser infinito. Uma ramificação desta escola foi estabelecida no Éden; e, cumprindo o plano da redenção, reassumir-se-á a educação na escola edênica. {Ed 301.1}
“As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam.” 1 Coríntios 2:9. Unicamente pela Sua Palavra se pode obter conhecimento destas coisas; e mesmo esta oferece apenas uma revelação parcial. {Ed 301.2}
O profeta de Patmos assim descreve a localização da escola do além: {Ed 301.3}
“Vi um novo céu, e uma nova Terra. Porque já o primeiro céu e a primeira Terra passaram. ... E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do Céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.” Apocalipse 21:1, 2. {Ed 301.4}
“A cidade não necessita de Sol nem de Lua, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.” Apocalipse 21:23. {Ed 301.5}
Entre a escola estabelecida no Éden, no princípio, e aquela do além, jaz todo o lapso da história deste mundo — a história da transgressão e sofrimento humanos, do sacrifício divino e da vitória sobre a morte e o pecado. Nem todas as condições daquela primeira escola edênica se encontrarão na escola da vida futura. Nenhuma árvore da ciência do bem e do mal oferecerá oportunidade para a tentação. Não haverá ali tentador, nem possibilidade para o mal. Todos os caracteres resistiram à prova do mal, e nenhum será jamais susceptível ao seu poder. {Ed 301.6}
“Ao que vencer”, diz Cristo, “dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do Paraíso de Deus.” Apocalipse 2:7. A concessão da árvore da vida, no Éden, era condicional, e finalmente foi retirada. Mas os dons da vida futura serão absolutos e eternos. {Ed 302.1}
O profeta contempla “o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro”. “De uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida.” “E não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 22:1, 2; 21:4. {Ed 302.2}
“Todos os do Teu povo serão justos,
Para sempre herdarão a Terra;
Serão renovos por Mim plantados,
Obra das Minhas mãos,
Para que Eu seja glorificado.” {Ed 302.3}
Isaías 60:21.
Restabelecidos à Sua presença, de novo os homens serão, como no princípio, ensinados por Deus: “O Meu povo saberá o Meu nome,... porque Eu mesmo sou o que digo: Eis-me aqui.” Isaías 52:6. {Ed 302.4}
“Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.” Apocalipse 21:3. {Ed 302.5}
“Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo. ... Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida.” Apocalipse 7:14-17. {Ed 303.1}
“Agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.” 1 Coríntios 13:12. {Ed 303.2}
“Verão o Seu rosto, e nas suas testas estará o Seu nome.” Apocalipse 22:4. {Ed 303.3}
Ali, quando for removido o véu que obscurece a nossa visão, e nossos olhos contemplarem aquele mundo de beleza de que ora apanhamos lampejos pelo microscópio; quando olharmos às glórias dos céus hoje esquadrinhadas de longe pelo telescópio; quando, removida a mácula do pecado, a Terra toda aparecer “na beleza do Senhor nosso Deus” — que campo se abrirá ao nosso estudo! Ali o estudante da ciência poderá ler os relatórios da criação, sem divisar coisa alguma que recorde a lei do mal. Poderá escutar a melodia das vozes da Natureza, e não perceberá nenhuma nota de lamento ou tristezas. Poderá enxergar em todas as coisas criadas uma escrita; contemplará no vasto Universo, “escrito em grandes letras, o nome de Deus”; e nem na Terra, nem no mar ou no céu permanecerá um indício que seja do mal. {Ed 303.4}
Ali se viverá a vida edênica — vida do jardim e do campo. “Edificarão casas, e as habitarão; e plantarão vinhas, e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque os dias do Meu povo serão como os dias da árvore, e os Meus eleitos gozarão das obras de suas mãos.” Isaías 65:21, 22. {Ed 303.5}
Não haverá coisas que “farão mal nem dano algum em todo o Meu santo monte, diz o Senhor”. Isaías 65:25. Ali o homem será restaurado à sua perdida realeza, e a ordem inferior de seres de novo reconhecerá o seu domínio; os animais ferozes tornar-se-ão mansos e os ariscos, confiantes. {Ed 304.1}
Ali se revelará ao estudante uma história de infinito escopo e riqueza inexprimível. Tomando por base a Palavra de Deus, o estudante obterá uma visão do vasto campo da História, e poderá alcançar algum conhecimento dos princípios que presidem à marcha dos acontecimentos humanos. Mas a sua visão ainda estará nublada, e incompletos os seus conhecimentos. Não verá todas as coisas de uma maneira clara antes que chegue à luz da eternidade. {Ed 304.2}
Então se revelará diante dele o decurso do grande conflito que teve sua origem antes que começasse o tempo e terminará apenas quando este cessar. A história do início do pecado; da fatal falsidade em sua ação sinuosa; da verdade que, não se desviando das suas próprias linhas retas, se defrontou com o erro e o venceu; sim, tudo isto será manifesto. O véu que se interpõe entre o mundo visível e o invisível, será removido e reveladas coisas maravilhosas. {Ed 304.3}
Não compreenderemos o que devemos aos cuidados e interposição dos anjos antes que se vejam as providências de Deus à luz da eternidade. Seres celestiais têm tomado parte ativa nos negócios dos homens. Eles têm aparecido em vestes que resplandeciam como o relâmpago; têm vindo como homens, no aspecto de viajantes. Têm aceito hospitalidade nos lares humanos, agido como guias de viajantes nas trevas da noite. Têm obstado aos intentos do espoliador, e desviado os golpes do destruidor. {Ed 304.4}
Embora os governadores deste mundo não o saibam, em seus conselhos têm os anjos muitas vezes sido oradores. Olhos humanos os têm visto. Ouvidos humanos têm ouvido seus apelos. Nos conselhos e cortes de justiça, mensageiros celestiais têm pleiteado a causa dos perseguidos e oprimidos. Têm eles combatido propósitos e detidos males que teriam acarretado ruína e sofrimento aos filhos de Deus. Tudo isto se desdobrará ao estudante na escola celestial. {Ed 305.1}
Todo remido compreenderá o serviço dos anjos em sua própria vida. Que maravilha será entreter conversa com o anjo que foi o seu protetor desde os seus primeiros momentos, que lhe vigiou os passos e cobriu a cabeça no dia de perigo, que com ele esteve no vale da sombra da morte, que assinalou o seu lugar de repouso, que foi o primeiro a saudá-lo na manhã da ressurreição, e dele aprender a história da interposição divina na vida individual, e da cooperação celeste em toda a obra em prol da humanidade. {Ed 305.2}
Todas as perplexidades da vida serão então explicadas. Onde para nós apareciam apenas confusão e decepção, propósitos frustrados e planos subvertidos, ver-se-á um propósito grandioso, predominante, vitorioso, uma harmonia divina. {Ed 305.3}
Educação – O curso superior. (continua)

NÃO HÁ DESCULPA PARA O PECADO.

Depois, O indignaram nas águas de Meribá, e, por causa deles, sucedeu mal a Moisés, pois foram rebeldes ao Espírito de Deus, e Moisés falou irrefletidamente. Salmos 106:32, 33. {VF 108.1}
Se Moisés e Arão houvessem estado a acalentar uma elevada opinião de si mesmos, ou condescender com um espírito apaixonado, em face da advertência e reprovação divina, sua culpa teria sido muito maior. Mas não se lhes atribuía pecado voluntário nem premeditado; haviam sido vencidos por uma tentação súbita, e sua contrição foi imediata e provinha do coração. O Senhor aceitou seu arrependimento, embora não pudesse remover a punição, por causa do mal que seu pecado poderia fazer entre o povo. ... {VF 108.2}
Deus perdoara ao povo maiores transgressões, mas não podia tratar com o pecado nos dirigentes do mesmo modo que naqueles que eram dirigidos. Honrara a Moisés mais do que a todos os outros homens na Terra. ... O fato de que Moisés possuíra tão grande luz e saber, tornara mais grave seu pecado. A fidelidade passada não expiará um mau ato sequer. Quanto maior a luz e os privilégios concedidos ao homem, maior é sua responsabilidade, mais grave a sua falta, mais severo o seu castigo. {VF 108.3}
Conforme o juízo dos homens, Moisés não era culpado de um grande crime. ... Mas, se Deus tratou tão severamente com este pecado em Seu servo mais fiel e honrado, não o desculpará em outros. ... Todos os que professam piedade estão sob a mais sagrada obrigação de guardar o espírito, e exercitar o domínio próprio sob a maior provocação. Os encargos colocados sobre Moisés eram muito grandes; poucos homens serão tão severamente provados como ele foi; contudo, isto não lhe permitiria desculpar o pecado. Deus fez amplas provisões para Seu povo; e, se depositarem confiança em Sua força, jamais se tornarão o joguete das circunstâncias. A tentação mais forte não pode desculpar o pecado. Por maior que seja a pressão exercida sobre a alma, a transgressão é o nosso próprio ato. Não está no poder da Terra nem do inferno compelir alguém a fazer o mal. Satanás ataca-nos em nossos pontos fracos, mas não é o caso de sermos vencidos. Por mais severo ou inesperado que seja o ataque, Deus nos proveu auxílio e em Sua força podemos vencer. — Patriarcas e Profetas, 419-421. {VF 108.4}
Vidas que Falam.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O QUE TEM MAIS VALOR DIANTE DE DEUS

“Um homem tinha dois filhos e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas, depois, arrependendo-se, foi. E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro.” Mateus 21:28-31. {PJ 142.1}
No sermão da montanha, disse Cristo: “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus.” Mateus 7:21. A prova de sinceridade não está nas palavras, mas nos atos. Cristo não diz a ninguém: Que dizeis mais do que os outros? porém: “Que fazeis de mais?” Mateus 5:47. Cheias de significação são Suas palavras: “Se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.” João 13:17. As palavras não são de valor algum se não forem acompanhadas de atos equivalentes. Esta é a lição ensinada na parábola dos dois filhos. {PJ 142.2}
...
Deu, então, Cristo a parábola do pai e dos dois filhos. Quando o pai foi ao primeiro, dizendo: “Vai trabalhar hoje na minha vinha”, o filho prontamente respondeu: “Não quero.” Mateus 21:28, 29. Recusou obedecer, e entregou-se a companhia e procedimentos ímpios. Mas depois se arrependeu e obedeceu ao chamado. {PJ 143.4}
O pai foi ao segundo, com a mesma ordem: “Vai trabalhar hoje na minha vinha.” Esse filho replicou: “Eu vou, senhor”; porém, não foi. Mateus 21:30. {PJ 143.5}
Nessa parábola o pai representa Deus, a vinha, a igreja. Pelos dois filhos são representadas duas classes de pessoas. {PJ 143.6}
O filho que recusou obedecer à ordem, dizendo: “Não quero”, representa aqueles que vivem em transgressão aberta, que não fazem profissão de piedade, que declaradamente recusam submeter-se ao jugo de restrição e obediência que a lei de Deus impõe. Muitos destes, porém, se arrependeram depois e obedeceram ao chamado divino. Quando o evangelho os atingiu, na mensagem de João Batista: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus”, arrependeram-se e confessaram seus pecados. Mateus 3:2. {PJ 144.1}
No filho que disse: “Eu vou, senhor” (Mateus 21:30), e não foi, revelou-se o caráter dos fariseus. Como esse filho, os guias judeus eram impenitentes e presunçosos. A vida religiosa da nação judaica tornara-se formalidade. Ao ser proclamada a lei no monte Sinai, pela voz de Deus, todo o povo se comprometeu a obedecer. Disseram: “Eu vou, senhor”, porém não foram. Quando Cristo veio em pessoa para lhes apresentar os princípios da lei, rejeitaram-nO. Cristo dera aos guias judeus de Seu tempo provas abundantes de Sua autoridade e poder divinos, e embora convictos, não quiseram aceitar a evidência. Cristo lhes mostrou que continuavam a descrer porque não possuíam o espírito que conduz à obediência. Declarara-lhes: “E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus. Mas em vão Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.” Mateus 15:6, 9. {PJ 144.2}
...
Na parábola, o filho que disse: “Eu vou, senhor”, apresenta-se como fiel e obediente; porém o tempo mostrou que sua pretensão não era real. Não tinha verdadeiro amor ao pai. Assim os fariseus orgulhavam-se de sua santidade; porém, quando provados, foram achados em falta. Quando era de seu interesse, cumpriam exatamente as exigências da lei; mas, ao ser-lhes requerido obediência, anulavam toda a força dos preceitos de Deus por meio de ardilosos enganos. Deles declarou Cristo: “Não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam.” Mateus 23:3. Não possuíam verdadeiro amor a Deus e aos homens. Deus os chamou para serem Seus colaboradores no abençoar o mundo; mas se bem que nominalmente aceitavam a chamada, na prática negavam obediência. Confiavam em si mesmos e orgulhavam-se de sua bondade; mas desprezavam os mandamentos de Deus. Recusavam fazer a obra que Deus lhes prescrevera, e por causa de sua transgressão o Senhor estava prestes a divorciar-Se da nação desobediente. {PJ 145.4}
Justiça própria não é verdadeira justiça, e aqueles que a ela se apegam terão que sofrer as conseqüências de uma decepção fatal. Muitos hoje em dia presumem obedecer aos mandamentos de Deus, todavia não possuem no coração o amor de Deus para transmiti-lo a outros. Chama-os Cristo para se unirem com Ele em Sua obra de salvar o mundo, porém contentam-se com dizer: “Eu vou, Senhor.” Não vão, entretanto. Não cooperam com aqueles que estão executando a obra de Deus. São ociosos. Como o filho infiel, fazem falsas promessas a Deus. Assumindo o solene convênio da igreja, comprometeram-se a receber a Palavra de Deus, obedecer-lhe, entregar-se a Seu serviço, porém não fazem isto. Nominalmente professam ser filhos de Deus, mas na vida e no caráter desmentem o parentesco. Não rendem a vontade a Deus. Vivem uma mentira. {PJ 146.1}
A promessa de obediência aparentam cumprir quando esta não exige sacrifício; mas quando são requeridas abnegação e renúncia, quando vêem a cruz para ser levada, retrocedem. Deste modo a convicção do dever desaparece, e a transgressão consciente dos mandamentos de Deus torna-se um hábito. O ouvido pode escutar a Palavra de Deus, mas, a percepção espiritual está desligada. O coração está endurecido, e a consciência cauterizada. {PJ 146.2}
Não pense que você serve a Cristo porque não Lhe manifesta aberta hostilidade. Desse modo enganamos a nós mesmos. Retendo aquilo que Deus nos outorgou para usar em Seu serviço, seja tempo ou meios ou qualquer outra dádiva por Ele concedida, trabalhamos contra Ele. {PJ 146.3}
Satanás usa a sonolenta e descuidada indolência de professos cristãos para se fortificar e conquistá-los para si. Muitos que presumem que embora não estejam trabalhando ativamente para Cristo, estão contudo a Seu lado, habilitam o inimigo a ocupar terreno e obter vantagens. Deixando de ser obreiros diligentes do Mestre, deixando deveres por cumprir e palavras por pronunciar, permitem que Satanás alcance domínio sobre as pessoas que podiam ser ganhas para Cristo. {PJ 146.4}
Jamais poderemos ser salvos na indolência e inatividade. Não há pessoa verdadeiramente convertida que viva vida inútil e ociosa. Não nos é possível deslizar para dentro do Céu. Nenhum preguiçoso pode entrar lá. Se não nos esforçarmos para conseguir entrada no reino, se não procurarmos sinceramente aprender o que constitui suas leis, não estaremos aptos para dele participar. Quem recusa cooperar com Deus na Terra, não cooperaria com Ele no Céu. Não seria seguro levá-los para lá. {PJ 146.5}
Mais esperança há para os publicanos e pecadores do que para os que conhecem a Palavra de Deus, e recusam obedecer-lhe. O homem que se vê pecador, sem paliativo para seu pecado, que sabe estar corrupto de alma, corpo e espírito perante Deus, torna-se alarmado, com medo de ser separado eternamente do reino dos Céus. Reconhece sua condição enferma, e procura remédio do grande Médico, que disse: “O que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora.” João 6:37. Essas pessoas o Senhor pode usar como obreiros em Sua vinha. {PJ 147.1}
O filho que por algum tempo negou obedecer ao mandado do pai não foi condenado por Cristo; mas, tampouco foi louvado. A classe que age como o primeiro filho, recusando obediência, não merece louvor por seu procedimento. Sua franqueza não deve ser considerada virtude. Santificada pela verdade e santidade tornaria os homens testemunhas destemidas para Cristo. Usada como é pelo pecador, porém, é insultante e arrogante, e aproxima-se da blasfêmia. O fato de um homem não ser hipócrita não lhe diminui a pecaminosidade. Quando os apelos do Espírito Santo atingirem ao coração, nossa única segurança está em a eles responder sem tardar. Quando vier o chamado: “Vai trabalhar hoje na Minha vinha”, não recuseis o convite. “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração.” Hebreus 4:7. É perigoso postergar a obediência. Podeis nunca mais ouvir o convite. {PJ 147.2}
E ninguém se lisonjeie de que o pecado acariciado algum tempo pode ser deixado facilmente aos poucos. Não acontece assim. Todo pecado acariciado debilita o caráter e fortalece o hábito; a depravação física, mental e moral é a conseqüência. Podeis arrepender-vos do erro que cometestes, e pôr os pés no caminho justo, porém, o molde de vosso espírito e a familiaridade com o mal vos tornarão difícil distinguir entre o bem e o mal. Pelos maus hábitos formados, Satanás vos atacará sempre e sempre. {PJ 147.3}
No mandamento: “Vai trabalhar hoje na Minha vinha”, é provada a sinceridade de todo ser humano. Haverá ações tão boas quanto as palavras? Utilizará o que foi chamado todo o conhecimento que possui, trabalhando fiel e desinteressadamente para o Proprietário da vinha? {PJ 147.4}
...

Se você cultivar fielmente a vinha de sua vida, Deus o fará colaborador Seu. E você terá que fazer uma obra não somente para você, mas também para os outros. Representando a igreja como a vinha, Cristo não nos ensina a restringir nossa simpatia e trabalho aos membros. A vinha do Senhor deve ser ampliada. Deseja Ele que se estenda a todas as partes da Terra. Recebendo instrução e graça de Deus, devemos ensinar a outros como devem ser tratadas as preciosas plantas. Assim ampliaremos a vinha do Senhor. Deus aguarda evidências de nossa fé, amor e paciência. Procura ver se usamos toda faculdade espiritual para nos tornarmos obreiros peritos em Sua vinha na Terra, para que possamos entrar no Paraíso de Deus, aquele lar do Éden, do qual Adão e Eva foram expulsos pela transgressão. {PJ 148.2}
A posição de Deus para com os Seus é a de um pai, e tem o direito de pai ao nosso serviço fiel. Considerai a vida de Cristo. Sendo a cabeça da humanidade, servindo o Pai, é um exemplo do que cada filho deve e pode ser. A obediência que Cristo prestava, Deus requer hoje da humanidade. Servia a Seu Pai com amor, voluntariedade e livremente. “Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu”, declarava Ele, “sim, a Tua lei está dentro do Meu coração.” Salmos 40:8. Cristo não considerava sacrifício algum muito grande, nem trabalho algum pesado demais para executar a obra que viera fazer. Na idade de doze anos dizia: “Não sabeis que Me convém tratar dos negócios de Meu Pai?” Lucas 2:49. Ouvira o chamado, e iniciara a obra. Disse Ele: “A Minha comida é fazer a vontade dAquele que Me enviou e realizar a Sua obra.” João 4:34. {PJ 148.3}
Assim devemos servir a Deus. Somente O serve aquele que age segundo a mais alta norma de obediência. Todos quantos querem ser filhos e filhas de Deus precisam provar ser coobreiros de Deus, de Cristo e dos anjos celestiais. Esta é a prova para cada alma. Daqueles que O servem fielmente o Senhor diz: “Eles serão Meus, ... naquele dia que farei, serão para Mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve.” Malaquias 3:17. {PJ 148.4}
O grande objetivo de Deus na execução de Suas providências é provar os homens e dar-lhes oportunidades para desenvolver o caráter. Deste modo prova se são obedientes ou não a Seus mandamentos. Boas obras não adquirem o amor de Deus, porém revelam que possuímos esse amor. Se rendermos a vontade a Deus, não trabalharemos com o fim de merecer o Seu amor. Seu amor, como dádiva livre, será acolhido no coração, e impelido pelo mesmo nos deleitaremos em obedecer aos Seus mandamentos. {PJ 148.5}
Há no mundo hoje somente duas classes, e somente essas duas serão reconhecidas no Juízo — os que violam a lei de Deus, e os que a ela obedecem. Cristo nos dá a prova pela qual demonstramos nossa lealdade ou deslealdade. Diz Ele: “Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos. Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, este é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei e Me manifestarei a ele. Quem não Me ama não guarda as Minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é Minha, mas do Pai que Me enviou.” João 14:15, 21, 24. “Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; do mesmo modo que Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai e permaneço no Seu amor.” João 15:10. {PJ 149.1}
PJ = Parábolas de Jesus.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ARTIGO TRANSPOSTO SOBRE MITOS ARGUMENTADOS SOBRE ELLEN G. WHITE.

Destruindo Mitos acerca Ellen White: "Alguns em 1856 estariam vivos quando Jesus retornasse?"


A respeito de uma assembléia ocorrida em 1856 Ellen White declarou: "Foi-me mostrado o grupo presente à assembléia. Disse o anjo: 'Alguns servirão de alimento para os vermes, alguns estarão sujeitos às setes últimas pragas, outros estarão vivos e permanecerão sobre a Terra para serem transladados na vinda de Jesus". Todos os que estavam vivos na época estão agora mortos.


Isto implica que a Sra. White era uma falsa profetisa?

Numerosas declarações feitas por Ellen White nas décadas que se seguiram à visão de 1856 demonstram seu claro entendimento de que há uma qualidade condicional implícita nas promessas e ameaças de Deus - como Jeremias declarou - e que o aspecto condicional nas predições a respeito do advento de Cristo envolve a condição do coração dos seguidores de Cristo. A declaração seguinte, escrita em 1883, é especialmente relevante sobre este ponto:

"Os anjos de Deus apresentam o tempo como sendo muito breve. Assim me tem sempre sido apresentado. Verdade é que o tempo se tem prolongado além do que esperávamos nos primitivos dias desta mensagem. Nosso Salvador não apareceu tão breve como esperávamos. Falhou, porém, a Palavra de Deus? Absolutamente! Cumpre lembrar que as promessas e as ameaças de Deus são igualmente condicionais".

"Não era a vontade de Deus que a vinda de Cristo houvesse sido assim retardada. Não era desígnio Seu que Seu povo, Israel, vagueasse quarenta anos no deserto. Prometeu conduzi-los diretamente à terra de Canaã, e estabelecê-los ali como um povo santo, sadio e feliz. Aqueles, porém, a quem foi primeiro pregado, não entraram "por causa da incredulidade". Seu coração estava cheio de murmuração, rebelião e ódio, e Ele não podia cumprir Seu concerto com eles".

"Por quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do Israel moderno na Canaã celestial. Em nenhum dos casos houve falta da parte das promessas de Deus. É a incredulidade, a mundanidade, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos." (Ms 4, 1883, citado em Evangelismo, pp. 695, 696).

Podemos entender melhor a predição da Sra. White de 1856 ao examiná-la à luz das características condicionais das promessas proféticas encontradas nas Escrituras.
Postado por Nelson Passos às 18:28 0 comentários
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut
Marcadores: Mitos acerca de Ellen White
Destruindo Mitos acerca de Ellen White: "A Inglaterra declaria guerra aos EUA durante a guerra civil americana"?


A Inglaterra declararia guerra aos EUA durante a guerra civil americana?

Ellen G. White predisse que a Inglaterra declararia guerra contra os Estados Unidos? Aqui está o contexto da sua declaração:
"A Inglaterra está estudando se é melhor tirar proveito da atual condição fraca de nosso país, e se aventurar a fazer guerra contra ele. Ela está avaliando o assunto e tentando sondar outras nações. Teme que, se iniciar uma guerra no exterior, estaria fraca no próprio território, e outras nações tirariam proveito de sua fraqueza. Outros países estão fazendo preparativos silenciosos, todavia diligentes, para a guerra, e estão esperando que a Inglaterra entre em guerra contra nossa nação, para então terem a oportunidade de vingar-se da exploração e injustiças de que foram vítimas no passado. Uma parte dos países sujeitos à rainha está esperando por uma chance favorável para quebrar seu jugo; mas se a Inglaterra achar que valerá a pena, não vacilará um momento para aumentar as oportunidades de exercer seu poder e humilhar nossa nação. Quando a Inglaterra declarar guerra, todas as nações terão interesses próprios a atender, e haverá guerra e confusão generalizadas" (Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 259).

Note o caráter condicional destas declarações: "Teme que, se iniciar uma guerra no exterior, estaria fraca no próprio território". "Mas se a Inglaterra achar que valerá a pena." Então prossegue: "Quando a Inglaterra declarar guerra. ..." É evidente que a Sra. White está usando aqui a palavra "quando" como um sinônimo para "se", o que é perfeitamente correto. De fato, se não entendermos deste modo a palavra "quando" nesta conexão, teremos uma situação complicada - uma série problemática de "se"s é seguida por uma simples declaração de que a Inglaterra irá declarar guerra. Assim a última sentença da Sra. White tornaria suas sentenças anteriores sem sentido.

Um emprego parecido da palavra "quando" é encontrado na página anterior em sua obra: "Quando nosso país observar o jejum que Deus escolheu, então Ele aceitará suas orações no que diz respeito à guerra". Ninguém vai achar que a palavra "quando" nesta conexão introduz uma declaração simples relativa a um fato futuro que indubitavelmente acontecerá.

Um paralelo inspirado desta construção com "se" e "quando" se encontra em Jeremias 42:10-19. O profeta fala a Israel sobre permanecer na Palestina ao invés de descer para o Egito:

> "Se permanecerdes nesta terra. ..." verso 10

> "Mas se vós disserdes: Não ficaremos nesta terra. ..." verso 13

> "Se tiverdes o firme propósito de entrar no Egito e fordes para morar. ..." verso 15

> "Quando entrardes no Egito. ..." verso 18

> É evidente que a frase "quando entrardes no Egito" é sinônima de "se entrardes no Egito".

Com a sentença "quando a Inglaterra declarar guerra", entendida como sinônimo de "se a Inglaterra declarar guerra", a declaração muda de uma predição para uma declaração de mera possibilidade, porém uma possibilidade cujas potencialidades totais muitos talvez não percebam.

[Adaptado de Francis D. Nichol, Ellen G. White and Her Critics, pp. 122, 123.]
Postado por Nelson Passos às 18:23 0 comentários
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut
Marcadores: Mitos acerca de Ellen White
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Ellen White era racista?



Ellen White - Mensagens Escolhidas, vol: 2, pág. 344 e 345
"Mas há uma objeção ao casamento de brancos com negros. Todos devem considerar que não têm o direito de trazer a sua prole aquilo que a coloca em desvantagem; não têm o direito de lhe dar como patrimônio hereditário uma condição que os sujeitaria a uma vida de humilhação. Os filhos desses casamentos mistos têm um sentimento de amargura para com os pais que lhes deram essa herança para toda a vida. Por essa razão, caso não houvesse outras, não deveria haver casamentos entre brancos e negros".

"Em resposta a indagações quanto à conveniência de casamento entre jovens cristãos brancos e negros, direi que nos princípios de minha obra essa pergunta me foi apresentada, e o esclarecimento que me foi dado da parte do Senhor foi que esse passo não devia ser dado; pois é certo criar discussão e confusão. Tenho tido sempre o mesmo conselho a dar. Nenhuma animação deve ser dada a casamentos dessa espécie entre nosso povo. Que o irmão negro se case com uma irmã negra que seja digna, que ame a Deus e guarde os Seus mandamentos. Que a irmã branca que pensa em unir-se em casamento a um irmão negro se recuse a dar tal passo, pois o Senhor não está dirigindo nessa direção".

1-Introdução

Quase todos os livros que pretendem criticar o Dom Profético em Ellen White usam, geralmente,de entre outros expedientes, chamá-la de racista usando os textos acima tirados do seu contexto.

Mas seria Ellen White merecedora de tal título? Não, definitamente não e veremos o por quê.

Acusar Ellen White de racista com base em termos modernos, considerando-se que ela viveu num contexto diferente do nosso é no mínimo falta de maturidade e cultura. É fácil falar mal de alguém quando interpretamos o que ela fez ou escreveu, sem se levar em conta:

1-Quando ela escreveu?
2-Por que escreveu?
3-Sob quais circunstancias escreveu?
4-Qual era o problema que o escritor enfrentava quando escreveu?

2- O contexto social de Ellen White

Ellen White desenvolveu seu ministério entre os anos de 1844 e 1915, e viveu num contexto social conturbado. Um dos exemplos desse tempo de transformações da sociedade norte-americana foi a "Guerra de Secessão" entre o Sul e o Norte dos Estados Unidos.

Ellen conviveu nesse período, quando o preconceito entre brancos e negros foi elevado ao seu nível máximo. Portanto ela teve de ser muito equilibrada para não perder de vista a missão maior da igreja, que era pregar o evangelho a negros e brancos, ou seja - a todos.

Quando a Sra. White não recomenda o casamento entre brancos e negros, não foi por um fator biológico, ou da incompatibilidade genética entre uma raça e outra, pois todas as raças vieram de Deus, mas por motivos sociais oriundos de uma sociedade que discriminava fortemente, dolorosamente os negros.

Se lidas com atenção as declarações sobre o assunto, vão revelar que ela estava mais preocupada com os resultados e consequências sociais e emocionais sobre os filhos de um casamento assim, do que com o casamento em si. Sua maior preocupação era com as pressões que o casal e os filhos receberiam de uma sociedade que não aceitava união entre negros e brancos.

3- Ellen White demonstrou várias vezes não ser racista

Ellen White várias vezes escreveu contra o racismo reinante na época. Veja:

Mensagens Escolhidas, Vol 2, pág. 343
"Somos uma irmandade... Que nós, como cristãos que aceitam o principio de que todos os homens, brancos e negros, são livres e iguais, adotemos este principio... Devemos tratar o negro com o mesmíssimo respeito com que tratamos os brancos. E podemos agora, por preceito e pelo exemplo, ganhar outros para o mesmo procedimento".

No livro Evangelismo, pág. 469 ela escreveu:

"Homens de cor devem ser cabalmente educados e preparados para dar instruções bíblicas e efetuar reuniões de tenda entre seu próprio povo".

Beneficiência Social, pág. 169
"A verdade provinda da Palavra de Deus entra na choupana do camponês, ilumina a rústica palhoça dos pobres, brancos ou negros. Os raios do Sol da Justiça levam alegria aos enfermos e sofredores".

E recebereis poder - pág. 339

"Têm sido erigidos muros de separação entre os brancos e os negros. Esses muros de preconceito ruirão por si mesmos, como aconteceu com os muros de Jericó, quando os cristãos obedecerem à Palavra de Deus, a qual recomenda que tenham supremo amor a seu Criador e amor imparcial ao próximo".

Somente os cegos não conseguem ver tamanha verdade!
Postado por Nelson Passos às 17:20 0 comentários
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut
Marcadores: Mitos acerca de Ellen White, Racismo nos escritos?
Destruindo Mitos: Os Adventistas crêem que os Escritos de Ellen White acrescentam ou substituem a Bíblia Sagrada?


Seguindo a posição histórica protestante de tomar a Bíblia como única regra de fé e prática, o chamado principio de "Sola Scriptura", a Igreja Adventista do Sétimo Dia aceita a Bíblia somente, como base de fé e doutrina. Para os Adventistas, a Escritura Sagrada, em sua inteireza, é a confiável e autorizada palavra de Deus, na linguagem do homem. Os Adventistas reconhecem o dom profético, separadamente do Cânon Sagrado, como tendo operado antes e durante a composição da Bíblia, mas afirmam que as Escrituras Canônicas constituem a norma pela qual todas as outras mensagens proféticas devem ser testadas.
Crêem que este dom nunca foi totalmente retirado, mas foi manifestado agora e repetidamente na história, e pertence à igreja hoje. O Canôn das Escrituras é a mensagem de Deus para todos os homens de todas as épocas; a revelação extracanônica pertence aqueles a quem foi originalmente dirigida.

Os Adventistas não aceitam os escritos de Ellen White como substituto da Bíblia ou como adição a Ela. Esta é a opinião que a própria Ellen White manteve. Diz ela:

Ellen White, O Grande Conflito, pág. 10.
"O Espirito não foi dado - nem nunca o poderia ser - a fim de sobreporse à Escritura; pois esta explicitamente declara ser ela mesmo a norma pela qual todo ensino e experiência devem ser aferidos"

Testemunhos Para a Igreja, vol. 2, pág. 605, Ellen White diz:
"Os testemunhos não estão destinados a comunicar nova luz; e sim a imprimir fortemente na mente as verdades da inspiração que já foram reveladas. Os deveres do homem para com Deus e seu semelhante estão claramente discriminados na Palavra de Deus, mas poucos de vocês se têm submetido em obediência a essa luz. Não se trata de escavar verdades adicionais; mas pelos Testemunhos, Deus tem facilitado a compreensão de importantes verdades já reveladas".

Todas as doutrinas Adventistas são provadas através da Bíblia.
Postado por Nelson Passos às 17:00 0 comentários
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut
Marcadores: Mitos acerca da IASD, Mitos acerca de Ellen White

Fonte: http://www.vindeaosenhor.blogspot.com/search/label/Mitos%20acerca%20de%20Ellen%20White

DEUS DESEJA QUE TENHAMOS SAÚDE E SIGAMOS OS PRINCÍPIOS BÍBLICOS DA ALIMENTAÇÃO.

I Coríntios 6:19
"Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus."

I Coríntios 3 : 17

"Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo."


Ellen White, Conselhos sobre o regime alimentar, p. 427
"A intemperança começa à nossa mesa, no uso de alimentos insalubres. Depois de algum tempo, devido à continuada condescendência com o apetite, os órgãos digestivos se enfraquecem, e o alimento ingerido não satisfaz. Estabelece-se um estado doentio, experimentando-se intenso desejo de tomar comida mais estimulante. [...] Como esses estimulantes produzam no momento resultados tão agradáveis, muitos chegam à conclusão de que realmente deles necessitam, e continuam a usá-los. Há sempre, porém, uma reação. O sistema nervoso, havendo sido indevidamente estimulado, tomou emprestado para o uso presente, energias reservadas para o futuro. Todo esse temporário fortalecimento do organismo é seguido de depressão".


Ellen White, A Ciência do Bom Viver, pág. 298.
"O azeite, comido na oliva, é muito preferível à gordura animal. Atua como laxativo. Seu uso se verificará benéfico aos tuberculosos, sendo também medicinal para o estômago inflamado, irritado".


Ellen White, A Ciência do Bom Viver, pág. 269.
"Cereais, frutas, nozes e verduras constituem o regime dietético escolhido por nosso Criador. Esses alimentos, preparados da maneira mais simples e natural possível, são os mais saudáveis e nutritivos. Proporcionam uma força, uma resistência e vigor intelectual que não são promovidos por uma alimentação mais complexa e estimulante".

Ellen White - Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 195 e 196.
"A possibilidade de adquirir doenças é dez vezes aumentada pelo uso da carne. As faculdades intelectuais, morais e físicas são prejudicadas pelo uso habitual de alimentos cárneos. Esse uso desarranja o organismo, obscurece o intelecto e embota as sensibilidades morais. ... O caminho mais seguro para vós, é deixar de lado a carne".

Ellen White - Medicina e Salvação pág. 229
"Verduras, frutas e cereais devem compor nosso regime alimentar. Nem um grama de carne deve entrar em nosso estômago. O comer carne é antinatural. Devemos voltar ao propósito original de Deus na criação do homem".

Ellen White - Conselhos Sobre Saúde, p. 616
“Os nervos cerebrais que se comunicam com todo o organismo, são os únicos meios pelos quais o Céu se pode comunicar com o homem, e influenciar sua vida mais íntima. Seja o que for que perturbe a circulação das correntes elétricas no sistema nervoso, diminui a resistência das forças vitais, e o resultado é um amortecimento das sensibilidades da mente. Em atenção a isto, como é importante que pastores e povo que professam piedade se apresentem limpos e imaculados quanto a tal vício degradante da alma!”

“As coisas que perturbam a digestão têm uma influência entorpecente sobre os sentimentos mais delicados do coração” (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 298);
“Alimentos cárneos, manteiga, queijo, ricas massas, alimentos temperados e condimentos são usados livremente, por adultos e jovens. Esses artigos fazem sua obra em perturbar o estômago, estimulando os nervos e enfraquecendo o intelecto” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 236);
“O chá, o café, os condimentos, os doces, as pastelarias, todos constituem causas ativas de perturbações da digestão. O alimento cárneo também é prejudicial. Seu efeito, por natureza estimulante, deveria ser argumento suficiente contra o seu uso, e o estado doentio quase geral entre os animais torna-o duplamente objetável. Tende a irritar os nervos e despertar as paixões, fazendo assim com que a balança das faculdades penda para o lado das propensões baixas” (Educação, p. 203).

Ellen G. White, Medicina e Salvação, pág. 187
“Os adventistas do sétimo dia devem tornar-se conhecidos no mundo pelos avançados princípios da reforma de saúde que nos foi dada por Deus”

COMENTANDO:
Não é só a abstenção do álcool, fumo e drogas que Deus deseja para seus filhos, princípios esses que não estão muito claros na Bíblia, mas a alimentação que está clara na Palavra de Deus não pode ser desprezada por questão de interpretação, muito menos pelo argumento de que "está no Velho Testamento". O uso da carne de porco, peixes sem escamas, frutos do mar, etc, estão claramente definidos como prejudiciais ao organismo humano em Levíticos cap. 11 e em outros textos. Pense nisso, pois o que está em jogo é sua vida nesta terra com qualidade, que é o desejo de Deus.
Minicentro White do Méier.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

MILAGRE SEMPRE É SINAL DE DEUS AGINDO?

Mateus 7:21 a 23 - 21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
22 Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?
23 Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.

MEDICINA E SALVAÇÃO:
Os milagres não são seguro indício do favor de Deus
É chegado o tempo em que Satanás operará milagres para confirmar as mentes na crença de que ele é Deus. Todo o povo de Deus deve agora permanecer firme na plataforma da verdade, como foi ela dada na mensagem do terceiro anjo. Todo quadro agradável, todos os milagres operados, serão apresentados a fim de que, se possível, os próprios eleitos sejam enganados. A única esperança para qualquer pessoa é apegar-se às provas que têm confirmado a verdade em justiça. Que estas sejam proclamadas mais e mais, até a conclusão da história deste mundo. — The Review and Herald, 9 de Setembro de 1906. {Medicina e Sslvação - MS 14.5}

Quando Cristo se recusou a operar milagres
A cena da tentação de Cristo devia servir de lição para todos os Seus seguidores. Quando os inimigos de Cristo, por instigação de Satanás, lhes pedem que mostrem algum milagre, devem eles responder-lhes tão serenamente como o Filho de Deus respondeu a Satanás: “Está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.” Se não são convencidos pelo testemunho inspirado, uma manifestação do poder de Deus os não beneficiaria. As maravilhosas obras de Deus não são manifestadas para satisfazer a curiosidade de quem quer que seja. Cristo, o Filho de Deus, recusou-Se a dar a Satanás qualquer prova de Seu poder. Não fez Ele nenhum esforço no sentido de desfazer o “se” de Satanás apresentando um milagre. {MS 15.1}

Os discípulos de Cristo serão levados a situações semelhantes. Os incrédulos pedir-lhes-ão que realizem algum milagre, se crêem que há na igreja poder especial de Deus, e que são o povo escolhido de Deus. Os descrentes, que se acham afligidos por enfermidades, pedir-lhes-ão que operem um milagre neles, se é que Deus com eles está. O seguidor de Cristo deve imitar o exemplo de seu Senhor. Com Seu divino poder, não operou Jesus nenhuma obra poderosa para entreter Satanás. Nem podem fazê-lo os servos de Cristo. Cumpre-lhes dirigir os descrentes para o testemunho escrito e inspirado, em busca da prova de serem o leal povo de Deus e herdeiros da salvação. — Spiritual Gifts 4:150, 151. {MS 15.2}

COMO ANDAR COM DEUS.

E andou Enoque com Deus; e não se viu mais, porquanto Deus para Si o tomou. Gênesis 5:24.

{Vidas que Falam - VF 24.3}
Enoque, lemos, andou com Deus trezentos anos. Foi esse um longo tempo para estar em comunhão com Ele. ... Comungou com Deus porque lhe era agradável, ... e ele gostava da sociedade com Deus. — Manuscrito 16, 1887. {VF 24.4}

Enoque foi um personagem notável. Muitos consideram sua vida como algo acima daquilo que o comum dos mortais já pôde atingir. A vida e o caráter de Enoque, entretanto, representam aquilo que devem ser a vida e o caráter de todos, se, à semelhança de Enoque, estiverem sujeitos a ser trasladados quando Cristo vier. Sua vida foi o que pode ser a vida de cada indivíduo caso este se relacione intimamente com Deus. Devemos lembrar-nos de que Enoque estava rodeado por influências tão corruptas que Deus trouxe um dilúvio sobre o mundo para destruir os seus habitantes por causa de sua depravação. — The Signs of the Times, 30 de Outubro de 1879. {VF 24.5}

Estamos vivendo numa época má. Os perigos dos últimos dias multiplicam-se ao nosso redor. “Por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará.” Mateus 24:12. ... {VF 24.6}

O caso de Enoque acha-se diante de nós. ... Ele viveu numa época corrupta, na qual a poluição moral infestava tudo ao seu redor; não obstante preparou ele a sua mente para a devoção, para amar o que era puro. Sua conversação girava em torno das coisas do Céu. Educou a mente para seguir nesse sentido, e trazia as impressões do que era divino. Seu semblante achava-se iluminado pela luz que brilhava na face de Jesus. {VF 24.7}

Enoque teve tentações como nós as temos. Estava cercado por sociedade não mais favorável à justiça do que a que nos rodeia. A atmosfera que respirava achava-se envenenada pelo pecado e corrupção, da mesma forma que a nossa; todavia viveu uma vida de santidade. Estava limpo dos pecados prevalecentes da era em que viveu. Assim podemos permanecer puros e incontaminados. Era ele um representante dos santos que vivem em meio dos perigos e corrupções dos últimos dias. Por sua fiel obediência a Deus foi trasladado. Assim também, os fiéis que se encontram vivos e permanecem, serão trasladados. Serão retirados de um mundo pecador e corrupto para as puras alegrias do Céu. — Testimonies for the Church 2:121, 122. {VF 25.1}

Nossa obra presente é sair do mundo e ser separados. É essa a única maneira em que podemos andar com Deus, como fez Enoque. — Testemunhos Seletos 2:207. {VF 25.2}

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

JESUS VENCEU.

“Ao vir Jesus ao mundo, o poder de Satanás se voltou contra Ele. Desde o tempo em que aqui apareceu, como a Criancinha de Belém, manobrou o usurpador para promover Sua destruição. Por todos os meios possíveis, procurou impedir Jesus de desenvolver infância perfeita, imaculada varonilidade, um ministério santo e sacrifício irrepreensível. Porém ele foi derrotado. Não pôde levar Jesus a pecar. Não O conseguiu desanimar nem desviá-Lo da obra para cuja realização viera ao mundo. Do deserto ao Calvário, Ele foi açoitado pela tempestade da ira de Satanás, mas quanto mais impiedosa era ela, tanto mais firmemente o Filho de Deus Se apegava à mão de Seu Pai, avançando na ensanguentada vereda. Todos os esforços de Satanás para oprimi-Lo e vencê-Lo, só faziam ressaltar, mais nitidamente, a pureza de Seu caráter” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 759).

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ANJOS SUPRIRÃO AS NECESSIDADES DO POVO DE DEUS.

“Vi os santos deixarem as cidades, e vilas, reunirem-se em grupos e viverem nos lugares mais solitários da Terra. Anjos lhes proviam alimento e água, enquanto os ímpios estavam a sofrer de fome e sede. — Primeiros Escritos, 282. {Verdade sobre os Anjos, 268.1}
No tempo de angústia, precisamente antes da vinda de Cristo, os justos serão preservados pelo ministério de anjos celestiais; não haverá segurança para o transgressor da lei de Deus. Os anjos não poderão proteger, então, aqueles que estão a desrespeitar um dos preceitos divinos. — Patriarcas e Profetas, 256. { Verdade sobre os Anjos 268.2}
Em meio do tempo de angústia — angústia como nunca houve desde que houve nação — Seus escolhidos ficarão firmes. Satanás com todas as forças do mal não pode destruir o mais fraco dos santos de Deus. Anjos magníficos em poder os protegerão, e em favor deles Jeová Se revelará como “Deus dos deuses”, capaz de salvar perfeitamente os que nEle puseram a sua confiança. — Profetas e Reis, 513. { Verdade sobre os Anjos 268.3}

Pudessem os homens ver com visão celestial e contemplariam grupos de anjos magníficos em poder, posicionados em redor daqueles que guardaram a palavra da paciência de Cristo. Com ternura compassiva, os anjos têm testemunhado sua angústia e ouvido suas orações. Estão à espera da ordem de seu Comandante para os arrancar do perigo. Mas devem ainda esperar um pouco mais. O povo de Deus deve beber o cálice e ser batizado com o batismo. A própria demora, para eles tão penosa, é a melhor resposta às suas petições. Esforçando-se por esperar confiantemente que o Senhor opere, são levados a exercitar a fé, esperança e paciência, que muito pouco foram exercitadas durante sua experiência religiosa. ... { Verdade sobre os Anjos 275.3}
As sentinelas celestiais, fiéis ao seu encargo, continuam com sua vigilância. Visto que um decreto geral haja fixado um tempo em que os observadores dos mandamentos poderão ser mortos, seus inimigos nalguns casos se antecipam ao decreto e, antes do tempo especificado, se esforçam por tirar-lhes a vida. Mas ninguém pode passar através dos poderosos guardas estacionados em redor de toda alma fiel.” — O Grande Conflito, 630, 631. { Verdade sobre os Anjos 275.4}

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O RESPEITO DOS JOVENS PELOS IDOSOS E A TRANSFERÊNCIA DA EXPERIÊNCIA.

"COLABORADORES DE DEUS
As crianças devem ser educadas de tal maneira que simpatizem com os idosos e enfermos, e desejem aliviar os sofrimentos dos pobres e oprimidos. Deve-se-lhes ensinar a serem diligentes no trabalho missionário; e, desde tenra idade, inculcar-lhes a abnegação, o sacrifício pelo bem dos outros e o progresso da causa de Cristo, para que possam ser colaboradores de Deus. — Testemunhos Para a Igreja 6:429. {CONSELHOS AOS IDOSOS 44.1}

Muitos jovens de pouca experiência são agressivos, não manifestam reverência por idade ou cargos e se ofendem ao serem aconselhados ou reprovados. Já temos mais destes presunçosos do que precisamos. Deus requer jovens modestos, calmos e sensatos, e homens de idade madura, equilibrados nos princípios, que possam orar e falar, que se levantem diante dos idosos e que tratem os cabelos brancos com respeito. — The Review and Herald, 13 de Novembro de 1883. {CONSELHOS AOS IDOSOS 44.2}

Deus ordenou, especialmente, afetuoso respeito para com os idosos. Diz Ele: “Coroa de honra são as cãs, achando-se elas no caminho da justiça.” Provérbios 16:31. Elas falam de batalhas feridas, vitórias ganhas, encargos suportados e tentações vencidas. Falam de pés fatigados próximos de seu descanso, de lugares que logo se vagarão. Ajudem as crianças a pensar nisto, e elas por meio de sua cortesia e respeito suavizarão o caminho dos que são idosos, e trarão graça e beleza a sua própria vida juvenil ao atenderem a ordem: “Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do velho.” Levítico 19:32. — Educação, 244. {CONSELHOS AOS IDOSOS 44.3}

GUARDAR A MEMÓRIA DE PIONEIROS
À medida que avançavam com abnegação e sacrifício próprio, Deus deu Suas bênçãos aos que se dedicaram à obra no princípio da mensagem. Eles tiveram que aprender muito, cometeram seus erros, e precisaram de contínua orientação e conselho, mas tiveram razões para gratidão constante porque a obra avançou a despeito da pobreza e da falta de facilidades. Eles envidaram todos os esforços para fazer desta causa um sucesso, para construir os edifícios necessários ao desenvolvimento adequado da obra; e sob todas as circunstâncias o Senhor os guiou. {CId 25.3}

Os que entram na obra mais tarde e encontram as coisas prontas nas suas mãos, deveriam pelo menos esforçar-se para pagar o débito que têm para com o Senhor e os obreiros que viveram antes deles, levando a verdade para novos territórios, até que chegue a todas as nações, tribo língua e povo. Em todos os países se devem despertar homens e mulheres para levar avante a mesma obra começada pelos que foram postos de lado pelo descanso. A memória desses pioneiros deve ser conservada e, dos tesouros da sua experiência, os obreiros de hoje devem aprender a passar de uma linha do trabalho avançado para outra, seguindo os métodos declarados pelo Espírito Santo em harmonia com Deus e sustentando os princípios ordenados na Palavra, levando o combate ativo a novos campos. — GCB, Terceiro Trimestre, 1900, pág. 164. {CONSELHOS AOS IDOSOS 25.4}

EVITAR CRÍTICAS AOS PIONEIROS
Vi que Deus Se desagrada da disposição de algumas pessoas para murmurar contra aqueles que travaram os mais árduos combates por elas, e que suportaram tanto no começo da mensagem, quando a obra era árdua. Deus considera os obreiros experientes, que trabalharam muito sob o peso de opressivas responsabilidades, quando não havia senão poucos para ajudar a fazer face às mesmas. Ele tem um zeloso cuidado por aqueles que se têm demonstrado fiéis. Desagradam-Lhe os que estão prontos a criticar e a reprovar os servos de Deus que encaneceram na edificação da causa da verdade presente. — Testemunhos Para a Igreja 3:320 e 321. {CId 26.1}
Que ninguém deprecie os que foram escolhidos de Deus, que lutaram varonilmente as batalhas do Senhor, os que entreteceram seu coração, alma e vida na causa e na obra de Deus, que morreram na fé e que são participantes da grande salvação comprada para nós pelo nosso Salvador que levou os nossos pecados e nos deu o Seu perdão. Deus não entregou a homem algum a tarefa de reproduzir as falhas deles e de apresentar seus erros a um mundo que jaz na impiedade e a uma igreja composta de muitos que são fracos na fé. {CId 26.2}

Deus não colocou sobre homem algum o encargo de reviver faltas e erros de vivos ou mortos. Ele quer que Seus obreiros apresentem a verdade para este tempo. Não se fale dos erros de irmãos que estejam vives, e silencie-se sobre as faltas dos que estão mortos. Que os erros e faltas deles fiquem onde Deus os colocou lançados nas profundezas do mar. Quanto menos for dito pelos que professam crer na presente verdade a respeito das faltas e erros dos servos de Deus, tanto melhor será para sua própria alma e para as dos que Cristo comprou com Seu próprio sangue. — The Review and Herald, 30 de Novembro de 1897". {CONSELHOS AOS IDOSOS 27.1}

domingo, 23 de outubro de 2011

PROPOSTA DE UMA NORMA ELEVADA.

"Deus deseja que aproveitemos todas as oportunidades de assegurar uma preparação para a Sua obra. Espera que Lhe submetamos todas as nossas energias, e conservemos o coração atento à sua santidade e responsabilidades terríveis.

Muitos dos que são classificados para fazer um trabalho excelente obtêm pouco porque pouco empreendem. Muitos atravessam a vida como se não tivessem nenhum grande objetivo, nenhum ideal a atingir. Uma das razões por que tal sucede é avaliarem-se abaixo de seu valor real. Cristo pagou um infinito preço por nós, e deseja que nos mantenhamos à altura do preço que custamos.

Não vos contenteis em atingir um ideal baixo. Não somos o que poderíamos ser e o que Deus quer que sejamos. Deus nos concedeu faculdades de raciocínio, não para que fiquem inativas ou sejam pervertidas por ocupações terrenas e sórdidas, mas para que sejam desenvolvidas ao máximo, refinadas, santificadas, enobrecidas e empregadas no avanço dos interesses do Seu reino.

Manter a Personalidade

Ninguém deve consentir em ser uma simples máquina, acionada pelo espírito de outro homem. Deus nos concedeu poder para pensar e agir, e é agindo com cuidado, pedindo-Lhe sabedoria, que podemos tornar-nos aptos a desempenhar posições de responsabilidade. Mantende-vos na personalidade que recebestes de Deus. Não sejais a sombra de outra pessoa. Esperai que o Senhor opere em vós, convosco e por vós".
Mensagens aos Jovens, pág. 192.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O FINAL E GLORIOSO TRIUNFO APÓS O MILÊNIO – A VIDA ETERNA AO LADO DE JESUS. Parte 6 Final.

"Ali os remidos conhecerão como são conhecidos. O amor e simpatias que o próprio Deus plantou na alma, encontrarão ali o mais verdadeiro e suave exercício. A comunhão pura com os seres santos, a vida social harmoniosa com os bem-aventurados anjos e com os fiéis de todos os tempos, que lavaram suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro, os sagrados laços que reúnem "toda a família nos Céus e na Terra" (Efés. 3:15) - tudo isto concorre para constituir a felicidade dos remidos.

Ali, mentes imortais contemplarão, com deleite que jamais se fatigará, as maravilhas do poder criador, os mistérios do amor que redime. Ali não haverá nenhum adversário cruel, enganador, para nos tentar ao esquecimento de Deus. Todas as faculdades se desenvolverão, ampliar-se-ão todas as capacidades. A aquisição de conhecimentos não cansará o espírito nem esgotará as energias. Ali os mais grandiosos empreendimentos poderão ser levados avante, alcançadas as mais elevadas aspirações, as mais altas ambições realizadas; e surgirão ainda novas alturas a atingir, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos objetivos a aguçar as faculdades do espírito, da alma e do corpo.

Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos remidos de Deus. Livres da mortalidade, alçarão vôo incansável para os mundos distantes - mundos que fremiram de tristeza ante o espetáculo da desgraça humana, e ressoaram com cânticos de alegria ao ouvir as novas de uma alma resgatada. Com indizível deleite os filhos da Terra entram de posse da alegria e sabedoria dos seres não caídos. Participam dos tesouros do saber e entendimento adquiridos durante séculos e séculos, na contemplação da obra de Deus. Com visão desanuviada olham para a glória da criação, achando-se sóis, estrelas e sistemas planetários, todos na sua indicada ordem, a circular em redor do trono da Divindade. Em todas as coisas, desde a mínima até à maior, está escrito o nome do Criador, e em todas se manifestam as riquezas de Seu poder.

E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais aprendem os homens acerca de Deus, mais Lhe admiram o caráter. Ao revelar-lhes Jesus as riquezas da redenção e os estupendos feitos do grande conflito com Satanás, a alma dos resgatados fremirá com mais fervorosa devoção, e com mais arrebatadora alegria dedilharão as harpas de ouro; e milhares de milhares, e milhões de milhões de vozes se unem para avolumar o potente coro de louvor.

"E ouvi a toda a criatura que está no Céu, e na Terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre." Apoc. 5:13.

O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor."
O GRANDE CONFLITO, pág. 677 e 678.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O FINAL E GLORIOSO TRIUNFO APÓS O MILÊNIO – A ÚNICA LEMBRANÇA DO GRANDE CONFLITO. Parte 5.

"Vi um novo céu, e uma nova Terra. Porque já o primeiro céu e a primeira Terra passaram." Apoc. 21:1. O fogo que consome os ímpios, purifica a Terra. Todo vestígio de maldição é removido. Nenhum inferno a arder eternamente conservará perante os resgatados as terríveis conseqüências do pecado.

Apenas uma lembrança permanece: nosso Redentor sempre levará os sinais de Sua crucifixão. Em Sua fronte ferida, em Seu lado, em Suas mãos e pés, estão os únicos vestígios da obra cruel que o pecado efetuou. Diz o profeta, contemplando Cristo em Sua glória: "Raios brilhantes saíam da Sua mão, e ali estava o esconderijo da Sua força." Hab. 3:4. Suas mãos, Seu lado ferido donde fluiu a corrente carmesim, que reconciliou o homem com Deus - ali está a glória do Salvador, ali está "o esconderijo da Sua força". "Poderoso para salvar" mediante o sacrifício da redenção, foi Ele, portanto, forte para executar justiça sobre aqueles que desprezaram a misericórdia de Deus. E os sinais de Sua humilhação são a Sua mais elevada honra; através da eternidade os ferimentos do Calvário Lhe proclamarão o louvor e declararão o poder.

"E a ti, ó torre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, a ti virá o primeiro domínio." Miq. 4:8. Chegado é o tempo, para o qual santos homens têm olhado com anseio desde que a espada inflamada vedou o Éden ao primeiro par - tempo "para a redenção da possessão de Deus". Efés. 1:14. A Terra, dada originariamente ao homem como seu reino, traída por ele às mãos de Satanás, e tanto tempo retida pelo poderoso adversário, foi recuperada pelo grande plano da redenção. Tudo que se perdera pelo pecado foi restaurado. "Assim diz o Senhor ... que formou a Terra, e a fez; Ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada." Isa. 45:18. O propósito original de Deus na criação da Terra cumpre-se, ao fazer-se ela a eterna morada dos remidos. "Os justos herdarão a Terra e habitarão nela para sempre." Sal. 37:29.

Um receio de fazer com que a herança futura pareça demasiado material tem levado muitos a espiritualizar as mesmas verdades que nos levam a considerá-la nosso lar. Cristo afirmou a Seus discípulos haver ido preparar moradas para eles na casa de Seu Pai. Os que aceitam os ensinos da Palavra de Deus não serão totalmente ignorantes com respeito à morada celestial. E, contudo, "as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam". I Cor. 2:9. A linguagem humana não é adequada para descrever a recompensa dos justos. Será conhecida apenas dos que a contemplarem. Nenhum espírito finito pode compreender a glória do Paraíso de Deus.

Na Bíblia a herança dos salvos é chamada um país. (Heb. 11:14-16.) Ali o Pastor celestial conduz Seu rebanho às fontes de águas vivas. A árvore da vida produz seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações. Existem torrentes sempre a fluir, claras como cristal, e ao lado delas, árvores ondeantes projetam sua sombra sobre as veredas preparadas para os resgatados do Senhor. Ali as extensas planícies avultam em colinas de beleza, e as montanhas de Deus erguem seus altivos píncaros. Nessas pacíficas planícies, ao lado daquelas correntes vivas, o povo de Deus, durante tanto tempo peregrino e errante, encontrará um lar.

"O meu povo habitará em morada de paz, e em moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso." Isa. 32:18. "Nunca mais se ouvirá de violência na tua Terra, de desolação ou destruição nos teus termos; mas aos teus muros chamarás salvação, e às tuas portas louvor." Isa. 60:18. "Edificarão casas, e as habitarão; e plantarão vinhas, e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; ... os Meus eleitos gozarão das obras das suas mãos." Isa. 65:21 e 22.

Ali, "o deserto e os lugares secos se alegrarão disto; e o ermo exultará e florescerá como a rosa". Isa. 35:1. "Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta." Isa. 55:13. "E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, ... e um menino pequeno os guiará." Isa. 11:6. "Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da Minha santidade", diz o Senhor. Isa. 11:9.
A dor não pode existir na atmosfera do Céu. Ali não mais haverá lágrimas, cortejos fúnebres, manifestações de pesar. "Não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, ... porque já as primeiras coisas são passadas." Apoc. 21:4. "E morador nenhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que habitar nela será absolvido da sua iniqüidade." Isa. 33:24.

Ali está a Nova Jerusalém, a metrópole da nova Terra glorificada, como "uma coroa de glória na mão do Senhor e um diadema real na mão de teu Deus". Isa. 62:3. "Sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como cristal resplandecente." "As nações andarão à sua luz; e os reis da Terra trarão para ela a sua glória e honra." Apoc. 21:11 e 24. Diz o Senhor: "Folgarei em Jerusalém, e exultarei no Meu povo." Isa. 65:19. "Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus." Apoc. 21:3.

Na cidade de Deus "não haverá noite". Ninguém necessitará ou desejará repouso. Não haverá cansaço em fazer a vontade de Deus e oferecer louvor a Seu nome. Sempre sentiremos a frescura da manhã, e sempre estaremos longe de seu termo. "Não necessitarão de lâmpada nem de luz do Sol, porque o Senhor Deus os alumia." Apoc. 22:5. A luz do Sol será sobrepujada por um brilho que não é ofuscante e, contudo, suplanta incomensuravelmente o fulgor de nosso Sol ao meio-dia. A glória de Deus e do Cordeiro inunda a santa cidade, com luz imperecível. Os remidos andam na glória de um dia perpétuo, independentemente do Sol.

"Nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus todo-poderoso, e o Cordeiro." Apoc. 21:22. O povo de Deus tem o privilégio de entreter franca comunhão com o Pai e o Filho. "Agora vemos por espelho em enigma." I Cor. 13:12.
Contemplamos a imagem de Deus refletida como que em espelho, nas obras da natureza e em Seu trato com os homens; mas então O conheceremos face a face, sem um véu obscurecedor de separação. Estaremos em Sua presença, e contemplaremos a glória de Seu rosto. O GRANDE CONFLITO, pág. 674 a 677.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O FINAL E GLORIOSO TRIUNFO APÓS O MILÊNIO – A DESTRUIÇÃO FINAL DO MAL COMO PALHA QUEIMANDO. Parte 4.

Perante o Universo foi apresentado claramente o grande sacrifício feito pelo Pai e o Filho em prol do homem. É chegada a hora em que Cristo ocupa a Sua devida posição, sendo glorificado acima dos principados e potestades, e sobre todo o nome que se nomeia. Foi pela alegria que Lhe estava proposta - a fim de poder trazer muitos filhos à glória - que Ele suportou a cruz e desprezou a ignomínia. E por inconcebivelmente grande que tivessem sido a tristeza e a ignomínia, todavia maiores são a alegria e a glória. Ele olha para os remidos, renovados em Sua própria imagem, trazendo cada coração a impressão perfeita do divino, refletindo cada rosto a semelhança de seu Rei. Contempla neles o resultado das fadigas de Sua alma, e fica satisfeito. Então, com voz que atinge as multidões congregadas dos justos e ímpios, declara: "Eis a aquisição de Meu sangue! Por estes sofri, por estes morri, a fim de que pudessem morar em Minha presença pelas eras eternas." E sobe o cântico de louvor dos que estão vestidos de branco em redor do trono: "Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças." Apoc. 5:12.

Apesar de ter sido Satanás constrangido a reconhecer a justiça de Deus e a curvar-se à supremacia de Cristo, seu caráter permanece sem mudança. O espírito de rebelião, qual poderosa torrente, explode de novo. Cheio de frenesi, decide-se a não capitular no grande conflito. Chegado é o tempo para uma última e desesperada luta contra o Rei do Céu. Arremessa-se para o meio de seus súditos e esforça-se por inspirá-los com sua fúria, incitando-os a uma batalha imediata. Mas dentre todos os incontáveis milhões que seduziu à rebelião, ninguém há agora que lhe reconheça a supremacia. Seu poder chegou ao fim. Os ímpios estão cheios do mesmo ódio a Deus, o qual inspira Satanás; mas vêem que seu caso é sem esperança, que não podem prevalecer contra Jeová. Sua ira se acende contra Satanás e os que foram seus agentes no engano, e com furor de demônios voltam-se contra eles.

Diz o Senhor: "Pois que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus, eis que Eu trarei sobre ti estranhos, os mais formidáveis dentre as nações, os quais desembainharão as suas espadas contra a formosura da tua sabedoria e mancharão o teu resplendor. À cova te farão descer. ... E te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas. ... Por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. ... E te tornei em cinza sobre a Terra, aos olhos de todos os que te vêem. ... Em grande espanto te tornaste e nunca mais serás para sempre." Ezeq. 28:6-8, 16-19.

"Toda a armadura daqueles que pelejam com ruído, e os vestidos que rolavam no sangue serão queimados, servirão de pasto ao fogo." "A indignação do Senhor está sobre todas as nações, e o Seu furor sobre todo o exército delas: Ele as destruiu totalmente, entregou-as à matança." "Sobre os ímpios fará chover laços, fogo, enxofre, e vento tempestuoso; eis a porção do seu copo." Isa. 9:5; 34:2; Sal. 11:6. De Deus desce fogo do céu. A terra se fende. São retiradas as armas escondidas em suas profundezas. Chamas devoradoras irrompem de cada abismo hiante. As próprias rochas estão ardendo. Vindo é o dia que arderá "como forno". Mal. 4:1. Os elementos fundem-se pelo vivo calor, e também a Terra e as obras que nela há são queimadas. (II Ped. 3:10.) A superfície da Terra parece uma massa fundida - um vasto e fervente lago de fogo. É o tempo do juízo e perdição dos homens maus - "dia da vingança do Senhor, ano de retribuições pela luta de Sião". Isa. 34:8.

Os ímpios recebem sua recompensa na Terra. (Prov. 11:31.) "Serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos exércitos." Mal. 4:1. Alguns são destruídos em um momento, enquanto outros sofrem muitos dias. Todos são punidos segundo as suas ações. Tendo sido os pecados dos justos transferidos para Satanás, ele tem de sofrer não somente pela sua própria rebelião, mas por todos os pecados que fez o povo de Deus cometer. Seu castigo deve ser muito maior do que o daqueles a quem enganou. Depois que perecerem os que pelos seus enganos caíram, deve ele ainda viver e sofrer. Nas chamas purificadoras os ímpios são finalmente destruídos, raiz e ramos - Satanás a raiz, seus seguidores os ramos. A penalidade completa da lei foi aplicada; satisfeitas as exigências da justiça; e o Céu e a Terra, contemplando-o, declaram a justiça de Jeová.

Está para sempre terminada a obra de ruína de Satanás. Durante seis mil anos efetuou a sua vontade, enchendo a Terra de miséria e causando pesar por todo o Universo. A criação inteira tem igualmente gemido e estado em dores de parto. Agora as criaturas de Deus estão para sempre livres de sua presença e tentações. "Já descansa, já está sossegada toda a Terra! exclamam [os justos] com júbilo." Isa. 14:7. E uma aclamação de louvor e triunfo sobe de todo o Universo fiel. "A voz de uma grande multidão", "como a voz de muitas águas, e a voz de fortes trovões", é ouvida, dizendo: "Aleluia! pois o Senhor Deus onipotente reina." Apoc. 19:6.

Enquanto a Terra está envolta nos fogos da vingança de Deus, os justos habitam em segurança na Santa Cidade. Sobre os que tiveram parte na primeira ressurreição, a segunda morte não tem poder. (Apoc. 20:6.) Ao mesmo tempo em que Deus é para os ímpios um fogo consumidor, é para o Seu povo tanto Sol como Escudo. (Sal. 84:11.)
O GRANDE CONFLITO, pág. 671 a 674.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O FINAL E GLORIOSO TRIUNFO APÓS O MILÊNIO – O CONTRASTE ENTRE O BEM E O MAL. Parte 3.

"O mundo ímpio todo acha-se em julgamento perante o tribunal de Deus, acusado de alta traição contra o governo do Céu. Ninguém há para pleitear sua causa; estão sem desculpa; e a sentença de morte eterna é pronunciada contra eles.
É agora evidente a todos que o salário do pecado não é nobre independência e vida eterna, mas escravidão, ruína e morte. Os ímpios vêem o que perderam em virtude de sua vida de rebeldia. O peso eterno de glória mui excelente foi desprezado quando lhes foi oferecido; mas quão desejável agora se mostra! "Tudo isto", exclama a alma perdida, "eu poderia ter tido; mas preferi conservar estas coisas longe de mim. Oh! estranha presunção! Troquei a paz, a felicidade e a honra pela miséria, infâmia e desespero." Todos vêem que sua exclusão do Céu é justa. Por sua vida declararam: "Não queremos que este Jesus reine sobre nós.

Como que extasiados, os ímpios contemplam a coroação do Filho de Deus. Vêem em Suas mãos as tábuas da lei divina, os estatutos que desprezaram e transgrediram. Testemunham o irromper de admiração, transportes e adoração por parte dos salvos, e, ao propagar-se a onda de melodia sobre as multidões fora da cidade, todos, a uma, exclamam: "Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos" (Apoc. 15:3); e, prostrando-se, adoram o Príncipe da vida.

Satanás parece paralisado ao contemplar a glória e majestade de Cristo. Aquele que fora um querubim cobridor lembra-se donde caiu. Ele, um serafim resplandecente, "filho da alva" quão mudado, quão degradado! Isa. 14:12. Do conselho onde tantas honras recebera, está para sempre excluído. Vê que agora um outro se encontra perto do Pai, velando Sua glória. Viu ser colocada a coroa sobre a cabeça de Cristo por um anjo de elevada estatura e presença majestosa, e sabe que a exaltada posição deste anjo poderia ter sido sua.

A memória recorda o lar de sua inocência e pureza, a paz e contentamento que eram seus até haver condescendido em murmurar contra Deus e ter inveja de Cristo. Suas acusações, sua rebelião, seus enganos para ganhar a simpatia e apoio dos anjos, sua obstinada persistência em não fazer esforços a fim de reabilitar-se quando Deus lhe teria concedido o perdão - tudo se lhe apresenta ao vivo. Revê sua obra entre os homens e seus resultados - a inimizade do homem para com seu semelhante, a terrível destruição de vidas, o surgimento e queda de reinos, a ruína de tronos, a longa sucessão de tumultos, conflitos e revoluções. Recorda-se de seus constantes esforços para se opor à obra de Cristo, e para rebaixar cada vez mais o homem. Vê que suas tramas infernais foram impotentes para destruir os que depositaram confiança em Jesus. Olhando Satanás para o seu reino, o fruto de sua luta, vê apenas fracasso e ruína. Levara as multidões a crer que a cidade de Deus seria fácil presa; mas sabe que isto é falso. Reiteradas vezes, no transcurso do grande conflito, foi ele derrotado e obrigado a capitular. Conhece muito bem o poder e majestade do Eterno.

O objetivo do grande rebelde foi sempre justificar-se, e provar ser o governo divino responsável pela rebelião. A esse fim aplicou todo o poder de seu pujante intelecto. Trabalhou deliberada e sistematicamente, e com maravilhoso êxito, levando vastas multidões a aceitar seu modo de ver quanto ao grande conflito que há tanto tempo se vem desenvolvendo. Durante milhares de anos esse chefe conspirador tem apresentado a falsidade em lugar da verdade. Mas agora chegado é o tempo em que a rebelião deve ser finalmente derrotada, e descobertos a história e caráter de Satanás. Em seu último e grande esforço para destronar a Cristo, destruir Seu povo e tomar posse da cidade de Deus, o arquienganador foi completamente desmascarado. Os que a ele se uniram, vêem o fracasso completo de sua causa. Os seguidores de Cristo e os anjos leais contemplam a extensão total de suas armações contra o governo de Deus. É ele objeto de aversão universal.

Satanás vê que sua rebelião voluntária o inabilitou para o Céu. Adestrou suas faculdades para guerrear contra Deus; a pureza, paz e harmonia do Céu ser-lhe-iam suprema tortura. Suas acusações contra a misericórdia e justiça de Deus silenciaram agora. A culpa que se esforçou por lançar sobre Jeová repousa inteiramente sobre ele. E agora Satanás se curva e confessa a justiça de sua sentença.

"Quem Te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o Teu nome? Porque só Tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de Ti, porque os Teus juízos são manifestos." Apoc. 15:4. Todas as questões sobre a verdade e o erro no prolongado conflito foram agora esclarecidas. Os resultados da rebelião, os frutos de se porem de parte os estatutos divinos, foram patenteados à vista de todos os seres criados. Os resultados do governo de Satanás em contraste com o de Deus, foram apresentados a todo o Universo. As próprias obras de Satanás o condenaram. A sabedoria de Deus, Sua justiça e bondade, acham-se plenamente reivindicadas. Vê-se que toda a Sua ação no grande conflito foi orientada com respeito ao bem eterno de Seu povo, e ao bem de todos os mundos que criou. "Todas as Tuas obras Te louvarão, ó Senhor, e os Teus santos Te bendirão." Sal. 145:10. A história do pecado permanecerá por toda a eternidade como testemunha de que à existência da lei de Deus se acha ligada a felicidade de todos os seres por Ele criados. À vista de todos os fatos do grande conflito, o Universo inteiro, tanto os que são fiéis como os rebeldes, de comum acordo declara: "Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos." Apoc. 15:3."
O GRANDE CONFLITO, pág. 669 a 671.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O FINAL E GLORIOSO TRIUNFO APÓS O MILÊNIO – QUANDO OS OLHOS DE TODOS FOREM “ABERTOS”. Parte 2

"Agora Cristo de novo aparece à vista de Seus inimigos. Muito acima da cidade, sobre um fundamento de ouro polido, está um trono, alto e sublime. Sobre este trono assenta-Se o Filho de Deus, e em redor dEle estão os súditos de Seu reino. O poder e majestade de Cristo nenhuma língua os pode descrever, nem pena alguma retratar. A glória do Pai eterno envolve Seu Filho. O resplendor de Sua presença enche a cidade de Deus e estende-se para além das portas, inundando a Terra inteira com seu brilho.

Mais próximo do trono estão os que já foram zelosos na causa de Satanás, mas que, arrancados como tições do fogo, seguiram seu Salvador com devoção profunda, intensa. Em seguida estão os que aperfeiçoaram um caráter cristão em meio de falsidade e incredulidade, os que honraram a lei de Deus quando o mundo cristão a declarava nula, e os milhões de todos os séculos que se tornaram mártires pela sua fé. E além está a "multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, ... trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos". Apoc. 7:9. Terminou a sua luta, a vitória está ganha. Correram no estádio e alcançaram o prêmio. O ramo de palmas em suas mãos é um símbolo de seu triunfo, as vestes brancas, um emblema da imaculada justiça de Cristo, a qual agora possuem.
Os resgatados entoam um cântico de louvor que ecoa repetidas vezes pelas abóbadas do Céu: "Salvação ao nosso Deus que está assentado no trono, e ao Cordeiro." E anjos e serafins unem sua voz em adoração. Tendo os remidos contemplado o poder e malignidade de Satanás, viram, como nunca dantes, que poder algum, a não ser o de Cristo, poderia tê-los feito vencedores. Em toda aquela resplendente multidão ninguém há que atribua a salvação a si mesmo, como se houvesse prevalecido pelo próprio poder e bondade. Nada se diz do que fizeram ou sofreram; antes, o motivo de cada cântico, a nota fundamental de toda antífona, é - Salvação ao nosso Deus, e ao Cordeiro.

Na presença dos habitantes da Terra e do Céu, reunidos, é efetuada a coroação final do Filho de Deus. E agora, investido de majestade e poder supremos, o Rei dos reis pronuncia a sentença sobre os rebeldes contra Seu governo, e executa justiça sobre aqueles que transgrediram Sua lei e oprimiram Seu povo. Diz o profeta de Deus: "Vi um grande trono branco, e O que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a Terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." Apoc. 20:11 e 12.

Logo que se abrem os livros de registro e o olhar de Jesus incide sobre os ímpios, eles se tornam cônscios de todo pecado cometido. Vêem exatamente onde seus pés se desviaram do caminho da pureza e santidade, precisamente até onde o orgulho e rebelião os levaram na violação da lei de Deus. As sedutoras tentações que incentivaram na condescendência com o pecado, as bênçãos pervertidas, os mensageiros de Deus desprezados, as advertências rejeitadas, as ondas de misericórdia rebatidas pelo coração obstinado, impenitente - tudo aparece como que escrito com letras de fogo.

Por sobre o trono se revela a cruz; e semelhante a uma vista panorâmica aparecem as cenas da tentação e queda de Adão, e os passos sucessivos no grande plano da redenção. O humilde nascimento do Salvador; Sua infância de simplicidade e obediência; Seu batismo no Jordão; o jejum e tentação no deserto; Seu ministério público, desvendando aos homens as mais preciosas bênçãos do Céu; os dias repletos de atos de amor e misericórdia, Suas noites de oração e vigília na solidão das montanhas; as tramas de inveja, ódio e maldade, com que eram retribuídos os Seus benefícios; a agonia terrível e misteriosa no Getsêmani, sob o peso esmagador dos pecados do mundo inteiro; Sua traição nas mãos da turba assassina; os
tremendos acontecimentos daquela noite de horror - o Prisioneiro que não opunha resistência, abandonado por Seus discípulos mais amados, rudemente empurrado pelas ruas de Jerusalém; o Filho de Deus exultantemente exibido perante Anás, citado ao palácio do sumo sacerdote, ao tribunal de Pilatos, perante o covarde e cruel Herodes, escarnecido, insultado, torturado e condenado à morte - tudo é vividamente esboçado.

E agora, perante a multidão agitada, revelam-se as cenas finais - o paciente Sofredor trilhando o caminho do Calvário, o Príncipe do Céu suspenso na cruz; os altivos sacerdotes e a plebe zombeteira a escarnecer de Sua agonia mortal, as trevas sobrenaturais; a Terra a palpitar, as pedras despedaçadas, as sepulturas abertas, assinalando o momento em que o Redentor do mundo rendeu a vida.

O terrível espetáculo aparece exatamente como foi. Satanás, seus anjos e súditos não têm poder para se desviarem do quadro que é a sua própria obra. Cada ator relembra a parte que desempenhou. Herodes, matando as inocentes crianças de Belém, a fim de que pudesse destruir o Rei de Israel; a vil Herodias, sobre cuja alma criminosa repousa o sangue de João Batista; o fraco Pilatos, subserviente às circunstâncias; os soldados zombadores; os sacerdotes e príncipes, e a multidão furiosa que clamou: "O Seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos!" - todos contemplam a enormidade de seu crime. Em vão procuram ocultar-se da majestade divina de Seu rosto, mais resplandecente que o Sol, enquanto os remidos lançam suas coroas aos pés do Salvador, exclamando: "Ele morreu por mim!"
Entre a multidão resgatada acham-se os apóstolos de Cristo, o heróico Paulo, o ardoroso Pedro, o amado e amante João, e seus fiéis irmãos, e com estes o vasto exército dos mártires, ao passo que, fora dos muros, com tudo o que é vil e abominável, estão aqueles pelos quais foram perseguidos, presos e mortos. Ali está Nero, aquele monstro de crueldade e vício, contemplando a alegria e exaltação daqueles que torturara, e em cujas aflições extremas encontrara deleite satânico. Sua mãe ali está para testemunhar o resultado de sua própria obra; para ver como os maus traços de caráter transmitidos a seu filho, as paixões incentivadas e desenvolvidas por sua influência e exemplo, produziram frutos nos crimes que fizeram o mundo estremecer.

Ali estão sacerdotes e prelados romanistas, que pretendiam ser embaixadores de Cristo e, no entanto, empregaram a tortura, a masmorra, a fogueira para dominar a consciência de Seu povo. Ali estão os orgulhosos pontífices que se exaltaram acima de Deus e pretenderam mudar a lei do Altíssimo. Aqueles pretensos pais da igreja têm uma conta a prestar a Deus, da qual muito desejariam livrar-se. Demasiado tarde chegam a ver que o Onisciente é zeloso de Sua lei, e que de nenhuma maneira terá por inocente o culpado. Aprendem agora que Cristo identifica Seu interesse com o de Seu povo sofredor; e sentem a força de Suas palavras: "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Mat. 25:40".
O GRANDE CONFLITO, pág. 665 a 668.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O FINAL E GLORIOSO TRIUNFO APÓS O MILÊNIO – A ÚLTIMA GRANDE BATALHA. Parte 1

O Final e Glorioso Triunfo
Ao fim dos mil anos, Cristo volta novamente à Terra. É acompanhado pelo exército dos remidos, e seguido por um cortejo de anjos. Descendo com grande majestade, ordena aos ímpios mortos que ressuscitem para receber a condenação. Surgem estes como um grande exército, inumerável como a areia do mar. Que contraste com aqueles que ressurgiram na primeira ressurreição! Os justos estavam revestidos de imortal juventude e beleza. Os ímpios trazem os traços da doença e da morte.
Todos os olhares daquela vasta multidão se voltam para contemplar a glória do Filho de Deus. A uma voz, todos os ímpios exclamam: "Bendito o que vem em nome do Senhor!" Mat. 23:39. Não é o amor para com Jesus que inspira essa declaração. É a força da verdade que faz brotar involuntariamente essas palavras de seus lábios. Os ímpios saem da sepultura tais quais a ela baixaram, com a mesma inimizade contra Cristo, e com o mesmo espírito de rebelião. Não terão um novo tempo de graça no qual remediar os defeitos da vida passada. Para nada aproveitaria isso. Uma vida inteira de pecado não lhes abrandou o coração. Um segundo tempo de graça, se lhes fosse concedido, seria ocupado, como foi o primeiro, em se esquivarem aos preceitos de Deus e contra Ele incitarem rebelião.

Cristo desce sobre o Monte das Oliveiras, donde, depois de Sua ressurreição, ascendeu, e onde anjos repetiram a promessa de Sua volta. Diz o profeta: "Virá o Senhor meu Deus, e todos os santos contigo." Zac. 14:5. "E naquele dia estarão os Seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o Monte das Oliveiras será fendido pelo meio, ... e haverá um vale muito grande." Zac. 14:4. "O Senhor será Rei sobre toda a Terra; naquele dia um será o Senhor, e um será o Seu nome." Zac. 14:9. Descendo do Céu a Nova Jerusalém em seu deslumbrante resplendor, repousa sobre o lugar purificado e preparado para recebê-la, e Cristo, com Seu povo e os anjos, entram na santa cidade.

Agora Satanás se prepara para a última e grande luta pela supremacia. Enquanto despojado de seu poder e separado de sua obra de engano, o príncipe do mal se achava infeliz e abatido; mas, sendo ressuscitados os ímpios mortos, e vendo ele as vastas multidões a seu lado, revivem-lhe as esperanças, e decide-se a não render-se no grande conflito. Arregimentará sob sua bandeira todos os exércitos dos perdidos, e por meio deles se esforçará por executar seus planos. Os ímpios são cativos de Satanás. Rejeitando a Cristo, aceitaram o governo do chefe rebelde. Estão prontos para receber suas sugestões e executar-lhe as ordens. Contudo, fiel à sua astúcia original, ele não se reconhece como Satanás. Pretende ser o príncipe que é o legítimo dono do mundo, e cuja herança foi dele ilicitamente extorquida. Representa-se a si mesmo, ante seus súditos iludidos, como um redentor, assegurando-lhes que seu poder os tirou da sepultura, e que ele está prestes a resgatá-los da mais cruel tirania. Havendo sido removida a presença de Cristo, Satanás opera maravilhas para apoiar suas pretensões. Faz do fraco forte, e a todos inspira com seu próprio espírito e energia. Propõe-se guiá-los contra o acampamento dos santos e tomar posse da cidade de Deus. Com diabólica exultação aponta para os incontáveis milhões que ressuscitaram dos mortos, e declara que como seu guia é muito capaz de tomar a cidade, reavendo seu trono e reino.

Naquela vasta multidão há muitos que pertenceram à raça de grande longevidade que existiu antes do dilúvio; homens de estatura elevada e gigantesco intelecto, os quais, entregando-se ao domínio dos anjos caídos, dedicaram toda a sua habilidade e saber à exaltação própria; homens cujas maravilhosas obras de arte levaram o mundo a lhe idolatrar o gênio, mas cuja crueldade e invenções más, contaminando a Terra e desfigurando a imagem de Deus, fizeram-nO exterminá-los da face de Sua criação. Há reis e generais que venceram nações, homens valentes que nunca perderam batalha, guerreiros orgulhosos, ambiciosos, cuja aproximação fazia tremer os reinos. Na morte não experimentaram mudança alguma. Ao subirem da sepultura, retomam o fio de seus pensamentos exatamente onde ele cessou. São movidos pelo mesmo desejo de vencer, que os governava quando tombaram.

Satanás consulta seus anjos, e depois esses reis, vencedores e guerreiros poderosos. Olham para a força e número ao seu lado, e declaram que o exército dentro da cidade é pequeno em comparação com o seu, podendo ser vencido. Formulam seus planos para tomar posse das riquezas e glória da Nova Jerusalém. Todos imediatamente começam a preparar-se para a batalha. Hábeis artífices constroem petrechos de guerra. Chefes militares, famosos por seus êxitos, arregimentam em companhias e secções as multidões de homens aguerridos.

Finalmente é dada a ordem de avançar, e o inumerável exército se põe em movimento - exército tal como nunca foi constituído por conquistadores terrestres, tal como jamais poderiam igualar as forças combinadas de todas as eras, desde que a guerra existe sobre a Terra. Satanás, o mais forte dos guerreiros, toma a dianteira, e seus anjos unem as forças para esta luta final. Reis e guerreiros estão em seu séquito, e as multidões seguem em vastas companhias, cada qual sob as ordens de seu designado chefe. Com precisão militar as fileiras cerradas avançam pela superfície da Terra, quebrada e desigual, em direção à cidade de Deus. Por ordem de Jesus são fechadas as portas da Nova Jerusalém, e os exércitos de Satanás rodeiam a cidade, preparando-se para o assalto.
O GRANDE CONFLITO, pág. 662 a 664.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

NÃO REBAIXAR AS NORMAS DO CRISTIANISMO.

"Há o constante perigo de que cristãos professos venham a pensar que para exercer influência sobre os mundanos, necessitem se conformar até certo ponto com o mundo. Mas embora semelhante conduta pareça propiciar grandes vantagens, acaba sempre em perda espiritual."
Profetas e Reis, pág. 570.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

TODA PERSEGUIÇÃO TERÁ UM FIM COM A INTERVENÇÃO DE DEUS.



“Nos tempos de Noé os homens desprezaram a lei de Deus, até que a lembrança do Criador fora quase banida da Terra. Sua iniqüidade tornara-se tão grande que o Senhor fez vir um dilúvio sobre a Terra e consumiu seus ímpios habitantes. {PJ 91.2}
De tempos a tempos o Senhor tornou pública a maneira de Seu proceder. Ao sobrevir uma crise, revelou-Se e interpôs-Se para impedir a execução do plano de Satanás. Muitas vezes deixou que uma crise chegasse aos povos, famílias e indivíduos, para que Sua intervenção se tornasse notada. Então manifestava que havia um Deus em Israel que mantinha Suas leis e vindicava Seu povo. {PJ 91.3}
Neste tempo, em que prevalece a iniqüidade, podemos saber que a grande e última crise está à porta. Quando o desafio da lei de Deus for quase universal, quando o Seu povo for oprimido e atormentado por seus semelhantes, o Senhor intervirá. {PJ 91.4}

Próximo está o tempo em que dirá: “Vai, pois, povo Meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. Porque eis que o Senhor sairá do Seu lugar para castigar os moradores da Terra, por causa da sua iniqüidade; e a Terra descobrirá o seu sangue e não encobrirá mais aqueles que foram mortos.” Isaías 26:20 e 21. Homens que pretendem ser cristãos podem defraudar e oprimir os pobres; podem roubar aos órfãos e viúvas; condescender com seu ódio satânico por não poderem dominar a consciência dos filhos de Deus; porém Deus trará tudo isto a juízo. “Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia.” Tiago 2:13. Brevemente estarão perante o Juiz de toda a Terra, para prestar contas pelos sofrimentos físicos e morais infligidos à Sua herança. Podem agora entregar-se a acusações falsas, podem injuriar os que Deus apontou para Sua obra, podem entregar os crentes à prisão, aos grilhões, ao desterro e à morte; todavia serão argüidos por toda a agonia de sofrimento e toda lágrima vertida. Deus lhes pagará dobradamente por seus pecados. Referente a Babilônia, o símbolo da igreja apóstata, diz a Seus ministros de juízo: “Os seus pecados se acumularam até ao Céu, e Deus Se lembrou das iniqüidades dela. Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber, dai-lhe a ela em dobro.” Apocalipse 18:5 e 6. {PJ 91.5}

Da Índia, da África, da China, das ilhas do mar, dos milhões de oprimidos dos países chamados cristãos, sobe para Deus o clamor do tormento humano. Esse clamor não permanecerá muito tempo sem ser atendido. Deus purificará a Terra da corrupção moral, porém não por um mar de água como nos dias de Noé, mas com um mar de fogo, que não será apagado por artifício humano algum. {PJ 92.1}

“Haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o Teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro.” Daniel 12:1. {PJ 92.2}

De cortiços, de pobres choças, de prisões, de cadafalsos, das montanhas e desertos, das cavernas da Terra e dos abismos do mar, Cristo recolherá Seus filhos. Na Terra tinham sido destituídos, afligidos e atormentados. Milhões baixaram ao túmulo carregados de infâmia, porque recusaram render-se às enganosas pretensões de Satanás. Por tribunais humanos os filhos de Deus foram condenados como os mais vis criminosos. Mas próximo está o dia em que “Deus mesmo é o juiz”. Salmos 50:6. Então as sentenças dadas na Terra serão invertidas. Então “tirará o opróbrio do Seu povo de toda a Terra”. Isaías 25:8. Vestes brancas dar-se-ão a todos eles. Apocalipse 6:11. “E chamar-lhes-ão povo santo, os remidos do Senhor.” Isaías 62:12. Qualquer que tenha sido a cruz que suportaram, quaisquer as perdas sofridas, qualquer a perseguição que padeceram, mesmo a perda da vida temporal, os filhos de Deus serão amplamente recompensados. “Verão o Seu rosto, e na sua testa estará o Seu nome.” Apocalipse 22:4. {PJ 92.3} “
Parábolas de Jesus, pág. 91 e 92.