sexta-feira, 26 de agosto de 2011

TODA PERSEGUIÇÃO TERÁ UM FIM COM A INTERVENÇÃO DE DEUS.



“Nos tempos de Noé os homens desprezaram a lei de Deus, até que a lembrança do Criador fora quase banida da Terra. Sua iniqüidade tornara-se tão grande que o Senhor fez vir um dilúvio sobre a Terra e consumiu seus ímpios habitantes. {PJ 91.2}
De tempos a tempos o Senhor tornou pública a maneira de Seu proceder. Ao sobrevir uma crise, revelou-Se e interpôs-Se para impedir a execução do plano de Satanás. Muitas vezes deixou que uma crise chegasse aos povos, famílias e indivíduos, para que Sua intervenção se tornasse notada. Então manifestava que havia um Deus em Israel que mantinha Suas leis e vindicava Seu povo. {PJ 91.3}
Neste tempo, em que prevalece a iniqüidade, podemos saber que a grande e última crise está à porta. Quando o desafio da lei de Deus for quase universal, quando o Seu povo for oprimido e atormentado por seus semelhantes, o Senhor intervirá. {PJ 91.4}

Próximo está o tempo em que dirá: “Vai, pois, povo Meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. Porque eis que o Senhor sairá do Seu lugar para castigar os moradores da Terra, por causa da sua iniqüidade; e a Terra descobrirá o seu sangue e não encobrirá mais aqueles que foram mortos.” Isaías 26:20 e 21. Homens que pretendem ser cristãos podem defraudar e oprimir os pobres; podem roubar aos órfãos e viúvas; condescender com seu ódio satânico por não poderem dominar a consciência dos filhos de Deus; porém Deus trará tudo isto a juízo. “Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia.” Tiago 2:13. Brevemente estarão perante o Juiz de toda a Terra, para prestar contas pelos sofrimentos físicos e morais infligidos à Sua herança. Podem agora entregar-se a acusações falsas, podem injuriar os que Deus apontou para Sua obra, podem entregar os crentes à prisão, aos grilhões, ao desterro e à morte; todavia serão argüidos por toda a agonia de sofrimento e toda lágrima vertida. Deus lhes pagará dobradamente por seus pecados. Referente a Babilônia, o símbolo da igreja apóstata, diz a Seus ministros de juízo: “Os seus pecados se acumularam até ao Céu, e Deus Se lembrou das iniqüidades dela. Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber, dai-lhe a ela em dobro.” Apocalipse 18:5 e 6. {PJ 91.5}

Da Índia, da África, da China, das ilhas do mar, dos milhões de oprimidos dos países chamados cristãos, sobe para Deus o clamor do tormento humano. Esse clamor não permanecerá muito tempo sem ser atendido. Deus purificará a Terra da corrupção moral, porém não por um mar de água como nos dias de Noé, mas com um mar de fogo, que não será apagado por artifício humano algum. {PJ 92.1}

“Haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o Teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro.” Daniel 12:1. {PJ 92.2}

De cortiços, de pobres choças, de prisões, de cadafalsos, das montanhas e desertos, das cavernas da Terra e dos abismos do mar, Cristo recolherá Seus filhos. Na Terra tinham sido destituídos, afligidos e atormentados. Milhões baixaram ao túmulo carregados de infâmia, porque recusaram render-se às enganosas pretensões de Satanás. Por tribunais humanos os filhos de Deus foram condenados como os mais vis criminosos. Mas próximo está o dia em que “Deus mesmo é o juiz”. Salmos 50:6. Então as sentenças dadas na Terra serão invertidas. Então “tirará o opróbrio do Seu povo de toda a Terra”. Isaías 25:8. Vestes brancas dar-se-ão a todos eles. Apocalipse 6:11. “E chamar-lhes-ão povo santo, os remidos do Senhor.” Isaías 62:12. Qualquer que tenha sido a cruz que suportaram, quaisquer as perdas sofridas, qualquer a perseguição que padeceram, mesmo a perda da vida temporal, os filhos de Deus serão amplamente recompensados. “Verão o Seu rosto, e na sua testa estará o Seu nome.” Apocalipse 22:4. {PJ 92.3} “
Parábolas de Jesus, pág. 91 e 92.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

DEUS TEM UMA IGREJA INVISÍVEL NA TERRA SEGUNDO APOCALIPSE 18:4.

“Apesar das trevas espirituais e afastamento de Deus prevalecentes nas igrejas que constituem Babilônia, a grande massa dos verdadeiros seguidores de Cristo encontra-se ainda em sua comunhão”. O Grande Conflito, pág. 390.

“Deus tem pedras preciosas em todas as igrejas, e não devemos fazer denúncias impetuosas do professo mundo religioso”. Eventos Finais, pág. 197.

“O Senhor tem Seus representantes em todas as igrejas. As especiais verdades decisivas para estes últimos dias não foram apresentadas a essas pessoas de tal modo que trouxessem convicção ao coração e à mente; por isso, ao rejeitar a luz, elas não romperam sua ligação com Deus”. Testimonies, vol. 6, págs. 70 e 71.

DEUS TEM UMA IGREJA VISÍVEL NA TERRA SEGUNDO APOCALIPSE 14:12.

Professamos ser os repositórios da lei de Deus, e como um povo professamos [ter] grande luz e viver segundo um padrão mais elevado do que qualquer outro povo na Terra. Deveríamos assim revelar maior perfeição de caráter e uma devoção mais profunda, exaltando coisas sagradas e eternas. Uma mensagem muito solene foi confiada àqueles que receberam a luz da verdade, e nossa luz deve resplandecer em claros raios para iluminar o caminho daqueles que estão em trevas, e assim glorificar a Deus diariamente em nossa vida.

Todo membro da igreja tem uma responsabilidade individual como um membro da igreja visível e um obreiro na vinha do Senhor, e deveria fazer seu melhor para preservar a harmonia, união, e amor na igreja. Observai a oração de Cristo, "a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nós; para que o mundo creia que Tu Me enviaste". João 17:21.

A evidência que o mundo não pode resistir e contradizer, que Deus enviou Jesus ao mundo como seu Redentor, está na unidade da igreja. Sua unidade e harmonia é o argumento convincente. Por isso, Satanás está constantemente em ação para impedir essa harmonia e união para que, ao testemunharem as intrigas, lutas e dissensão, os descrentes se tornem desencantados com o cristianismo e se firmem na descrença e infidelidade. Deus é desonrado por aqueles que professam a verdade enquanto estão em desacordo uns com os outros.

Se nossa profissão... [de ter] maiores verdades do que outras denominações não conduzir a mais profunda consagração e vidas mais puras e santas, de que vantagem é esta verdade para nós? Ser-nos-ia melhor que nunca houvéssemos visto a luz da verdade, a professar aceitá-la e não ser santificados por ela.

Para determinar quão grande questão está envolvida na conversão de uma pessoa do erro à verdade, devemos apreciar o valor da imortalidade, sentir as dores da segunda morte. Precisamos compreender as honras e glória que aguardam os redimidos e entender o que é viver na presença dAquele que morreu para que pudesse elevar, enobrecer, dar ao vencedor um diadema real.

O valor de uma pessoa não pode ser plenamente estimado. Quão gratos irão os remidos e glorificados se lembrar daqueles que foram instrumentos em sua salvação. Ninguém esquecerá seus esforços altruístas, seu empenho perseverante, sua paciência, disposição e zelosa dedicação por aqueles seres que poderiam ter-se perdido, sem Jesus Cristo, caso houvessem negligenciado seu dever ou se cansado de fazer o bem. Manuscrito 1, 1880.
MM 19 de fevereiro 1983 Olhando para o Alto.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

LUTERO DIANTE DA DIETA DE WORMS É PARTE DO GRANDE CONFLITO.

"Ao ser de novo introduzido à presença da Dieta, seu rosto não apresentava traços de receio ou embaraço. Calmo e cheio de paz, ainda que extraordinariamente valoroso e nobre, manteve-se como testemunha de Deus entre os grandes da Terra. O oficial imperial pediu então sua decisão sobre se desejava retratar-se de suas doutrinas. Lutero respondeu em tom submisso e humilde, sem violência nem paixão. Suas maneiras eram tímidas e respeitosas; manifestou, contudo, confiança e alegria que surpreenderam a assembléia.
"Sereníssimo imperador, ilustres príncipes, graciosos fidalgos", disse Lutero; "compareço neste dia perante vós, em conformidade com a ordem a mim dada ontem, e pela mercê de Deus conjuro vossa majestade e vossa augusta alteza a escutar, com graça, a defesa de uma causa que, estou certo, é justa e verdadeira. Se, por ignorância, eu transgredir os usos e etiquetas das cortes, rogo-vos perdoar-me; pois não fui criado nos palácios dos reis, mas na reclusão de um convento." - D'Aubigné.
Então, referindo-se à pergunta, declarou que suas obras publicadas não eram todas do mesmo caráter. Em algumas havia tratado da fé e das boas obras, e mesmo seus inimigos as declaravam não somente inofensivas, mas proveitosas. Abjurá-las seria condenar verdades que todos os partidos professavam. A segunda classe consistia em escritos que expunham as corrupções e abusos do papado. Revogar estas obras fortaleceria a tirania de Roma, abrindo uma porta mais larga a muitas e grandes impiedades. Na terceira classe de seus livros atacara indivíduos que haviam defendido erros existentes. Em relação a eles confessou, francamente, que tinha sido mais violento do que convinha. Não pretendia estar isento de falta; mas mesmo esses livros não poderia revogar, pois que tal procedimento tornaria audaciosos os inimigos da verdade, e então aproveitariam a ocasião para esmagar o povo de Deus com crueldade ainda maior.

"Não sou, todavia, senão mero homem, e não Deus", continuou ele; "portanto, defender-me-ei como fez Cristo: 'Se falei mal, dá testemunho do mal.' ... Pela misericórdia de Deus, conjuro-vos, sereníssimo imperador, e a vós, ilustríssimos príncipes, e a todos os homens de toda categoria, a provar pelos escritos dos profetas e apóstolos, que errei. Logo que estiver convicto disso, retratarei todo erro e serei o primeiro a lançar mão de meus livros e atirá-los ao fogo.
"O que acabo de dizer, claramente mostra, eu o espero, que pesei e considerei cuidadosamente os perigos a que me exponho mas, longe de me desanimar, regozijo-me por ver que o evangelho é hoje, como nos tempos antigos, causa de perturbação e dissensão. Este é o caráter, este é o destino da Palavra de Deus. 'Não vim trazer paz à Terra, mas espada', disse Jesus Cristo. Deus é maravilhoso e terrível em Seus conselhos; acautelai-vos para que não aconteça que, supondo apagar dissensões, persigais a santa Palavra de Deus e arrosteis sobre vós mesmos um pavoroso dilúvio de perigos insuperáveis, de desastres presentes e desolação eterna. ... Poderia citar muitos exemplos dos oráculos de Deus. Poderia falar dos Faraós, dos reis de Babilônia e dos de Israel, cujos trabalhos não contribuíram nunca mais eficazmente para a sua própria destruição do que quando buscavam, mediante conselhos, prudentíssimos na aparência, fortalecer seu domínio. Deus 'é O que transporta montanhas, sem que o sintam'." - D'Aubigné.
Lutero falara em alemão; foi-he pedido então repetir as mesmas palavras em latim. Embora exausto pelo esforço anterior, aceitou e novamente fez seu discurso, com a mesma clareza e energia que a princípio. A providência de Deus dirigiu isto. O espírito de muitos dos príncipes estava tão obliterado pelo erro e superstição que à primeira vez não viram a força do raciocínio de Lutero; mas a repetição habilitou-os a perceber claramente os pontos apresentados.

Os que obstinadamente fechavam os olhos à luz e se decidiram a não convencer-se da verdade, ficaram enraivecidos com o poder das palavras de Lutero. Quando cessou de falar, o anunciador da Dieta disse, irado: "Não respondeste à pergunta feita. ... Exige-se que dês resposta clara e precisa. ... Retratar-te-ás ou não?"
O reformador respondeu: "Visto que vossa sereníssima majestade e vossas nobres altezas exigem de mim resposta clara, simples e precisa, dar-vo-la-ei, e é esta: Não posso submeter minha fé quer ao papa quer aos concílios, porque é claro como o dia, que eles têm freqüentemente errado e se contradito um ao outro. Portanto, a menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pelo mais claro raciocínio; a menos que eu seja persuadido por meio das passagens que citei; a menos que assim submetam minha consciência pela Palavra de Deus, não posso retratar-me e não me retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a consciência. Aqui permaneço, não posso fazer outra coisa; Deus queira ajudar-me. Amém." - D'Aubigné.
Assim se manteve este homem justo sobre o firme fundamento da Palavra de Deus. A luz do Céu iluminava-lhe o semblante. Sua grandeza e pureza de caráter, sua paz e alegria de coração, eram manifestas a todos ao testificar ele contra o poder do erro e testemunhar a superioridade da fé que vence o mundo.
A assembléia toda ficou por algum tempo muda de espanto. Em sua primeira resposta Lutero falara em tom baixo, em atitude respeitosa, quase submissa. Os romanistas haviam interpretado isto como sinal de que lhe estivesse começando a faltar o ânimo. Consideraram o pedido de delonga simples prelúdio de sua retratação. O próprio Carlos, notando, meio desdenhoso, a constituição abatida do monge; seu traje singelo e a simplicidade de suas maneiras, declarara: "Este monge nunca fará de mim um herege." A coragem e firmeza que agora ele ostentara, bem como o poder e clareza de seu raciocínio, encheram de surpresa todos os partidos. O imperador, possuído de admiração, exclamou: "Este monge fala com coração intrépido e inabalável coragem." Muitos dos príncipes alemães olhavam com orgulho e alegria a este representante de sua nação.
Os partidários de Roma haviam sido vencidos; sua causa parecia sob a mais desfavorável luz. Procuraram manter seu poder, não apelando para as Escrituras, mas com recurso às ameaças - indefectível argumento de Roma."

O GRANDE CONFLITO, págs. 159 a 161.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

QUAL O SEGREDO DOS SERVOS DE DEUS NO PASSADO?

“Em que consistia a força daqueles que no passado sofreram perseguição por amor a Cristo? Era a união com Deus, união com o Espírito Santo, união com Cristo. A acusação e a perseguição têm separado muitos de seus amigos terrestres, mas nunca do amor de Cristo. Nunca a alma, provada pela tempestade, é mais encarecidamente amada por seu Salvador do que quando sofre a perseguição por amor à verdade. "Eu o amarei", disse Cristo, "e Me manifestarei a ele." João 14:21. Quando, por causa da verdade, o crente se acha perante os tribunais terrestres, Cristo Se acha a seu lado. Quando é encerrado entre as paredes da prisão, Cristo Se lhe manifesta e com Seu amor lhe anima o coração. Quando sofre a morte por amor a Cristo, o Salvador lhe diz: Eles podem matar o corpo, mas não podem matar a alma. "Tende bom ânimo, Eu venci o mundo." João 16:33. "Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou teu Deus: Eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da Minha justiça." Isa. 41:10.
"Os que confiam no Senhor serão como o Monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre. Como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o Senhor está em volta do Seu povo desde agora e para sempre." Sal. 125:1 e 2. "Libertará as suas almas do engano e da violência, e precioso será o seu sangue aos olhos dEle." Sal. 72:14.
"O Senhor dos exércitos os amparará." "E o Senhor seu Deus naquele dia os salvará, como ao rebanho do Seu povo; porque como as pedras de uma coroa eles serão exaltados na sua terra." Zac. 9:15 e 16.”
ATOS DOS APÓSTOLOS, pág. 85 e 86.

O PODER DO ESPÍRITO SANTO À DISPOSIÇÃO DE TODOS QUE PEDIREM.

“O Espírito Santo habita no consagrado obreiro de Deus, onde quer que ele possa estar. As palavras dirigidas aos discípulos são-no também a nós. O Consolador é tanto nosso quanto deles. O Espírito concede a força que sustenta a alma que se esforça e luta em todas as emergências, em meio ao ódio do mundo e ao reconhecimento de seus próprios fracassos e erros. Em tristezas e aflições, quando as perspectivas se afiguram negras e o futuro aterrador, e nos sentimos desamparados e sós - é tempo de o Espírito Santo, em resposta à oração da fé, conceder conforto ao coração.
Não é prova conclusiva de que um homem é cristão o manifestar ele êxtases espirituais sob circunstâncias extraordinárias. Santidade não é arrebatamento: é inteira entrega da vontade a Deus; é viver por toda a palavra que sai da boca de Deus; é fazer a vontade de nosso Pai celestial; é confiar em Deus na provação, tanto nas trevas como na luz; é andar pela fé e não pela vista; é apoiar-se em Deus com indiscutível confiança, descansando em Seu amor.
Não é essencial que sejamos capazes de definir exatamente o que seja o Espírito Santo. Cristo nos diz que o Espírito é o Consolador, o "Espírito de verdade, que procede do Pai". João 15:26. Declara-se positivamente, a respeito do Espírito Santo, que, em Sua obra de guiar os homens em toda a verdade "não falará de Si mesmo". João 16:13.
A natureza do Espírito Santo é um mistério. Os homens não a podem explicar, porque o Senhor não lho revelou. Com fantasiosos pontos de vista, podem-se reunir passagens da Escritura e dar-lhes um significado humano; mas a aceitação desses pontos de vista não fortalecerá a igreja. Com relação a tais mistérios - demasiado profundos para o entendimento humano - o silêncio é ouro.”
ATOS DOS APÓSTOLOS, pág. 51 e 52.