sexta-feira, 30 de maio de 2014

QUE SIGNIFICA A ETERNIDADE?

Jamais houve na história do mundo um tempo mais solene do que aquele em que vivemos. Nossos interesses eternos se acham em jogo, e devemos despertar para a importância de tornar firmes nossa vocação e eleição. Não ousamos arriscar nossos interesses eternos em meras probabilidades. Cumpre-nos ser zelosos. O que somos, o que fazemos, o que há de ser nosso procedimento no futuro, são todas questões de indizível importância, e não podemos permitir a desatenção, a indiferença, o desinteresse. Convém-nos perguntar:“Que significa para mim a eternidade?” Acham-se nossos pés no caminho que conduz ao Céu, ou na estrada larga que leva à perdição? NOSSA ALTA VOCAÇÃO, 3.

A PRIMEIRA VISÃO.

Minha Primeira Visão Sendo que Deus me tem mostrado as jornadas do povo do Pág. 14 advento para a Santa Cidade e a rica recompensa a ser dada aos que aguardarem o seu Senhor quando voltar de Suas bodas, pode ser de meu dever dar-vos um breve esboço do que Deus me tem revelado. Os queridos santos têm de passar através de muitas provas. Mas a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação - enquanto não olhamos para as coisas visíveis, pois as coisas visíveis são temporais, mas as invisíveis são eternas. Tenho procurado apresentar um bom relatório e algumas uvas da Canaã Celestial, pelo qual muitos me apedrejariam, da mesma forma como a congregação desejou apedrejar Calebe e Josué por seu relatório. (Núm. 14:10.) Mas eu vos declaro, meus irmãos e irmãs no Senhor, que esta é uma terra muito boa, e devemos subir para possuí-la. Enquanto eu estava orando junto ao altar da família, o Espírito Santo me sobreveio, e pareceu-me estar subindo mais e mais alto da escura Terra. Voltei-me para ver o povo do advento no mundo, mas não o pude achar, quando uma voz me disse: "Olha novamente, e olha um pouco mais para cima." Com isto olhei mais para o alto e vi um caminho reto e estreito, levantado em lugar elevado do mundo. O povo do advento estava nesse caminho, a viajar para a cidade que se achava na sua extremidade mais afastada. Tinham uma luz brilhante colocada por trás deles no começo do caminho, a qual um anjo me disse ser o "clamor da meia-noite". Essa luz brilhava em toda extensão do caminho, e proporcionava claridade para seus pés, para que assim não tropeçassem. Se conservavam o olhar fixo em Jesus, que Se achava precisamente diante deles, guiando-os para a cidade, estavam seguros. Mas logo alguns ficaram cansados, e disseram que a cidade estava muito longe e esperavam nela ter entrado antes. Então Jesus os animava, levantando Seu Pág. 15 glorioso braço direito, e de Seu braço saía uma luz que incidia sobre o povo do advento, e eles clamavam: "Aleluia!" Outros temerariamente negavam a existência da luz atrás deles e diziam que não fora Deus quem os guiara tão longe. A luz atrás deles desaparecia, deixando-lhes os pés em densas trevas, de modo que tropeçavam e, perdendo de vista o sinal e a Jesus, caíam do caminho para baixo, no mundo tenebroso e ímpio. Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto. Ao declarar Deus a hora, verteu sobre nós o Espírito Santo, e nosso rosto brilhou com o esplendor da glória de Deus, como aconteceu com Moisés, na descida do monte Sinai. Os 144.000 estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em sua testa estava escrito: "Deus, Nova Jerusalém", e tinham uma estrela gloriosa que continha o novo nome de Jesus. Por causa de nosso estado feliz e santo, os ímpios enraiveceram-se e arremeteram violentamente para lançar mão de nós, a fim de lançar-nos à prisão, quando estendemos a mão em nome do Senhor e eles caíram indefesos ao chão. Foi então que a sinagoga de Satanás conheceu que Deus nos havia amado, que lavávamos os pés uns aos outros e saudávamos os irmãos com ósculo santo; e adoraram a nossos pés. Logo nossos olhares foram dirigidos ao oriente, pois aparecera uma nuvenzinha aproximadamente do tamanho da metade da mão de homem, a qual todos nós soubemos ser o sinal do Filho do homem. Todos nós em silêncio solene olhávamos a nuvem que se aproximava e se tornava mais e mais clara e esplendente, até converter-se numa grande nuvem branca. A parte inferior tinha aparência de fogo; o arco-íris estava sobre a nuvem, enquanto em redor dela se achavam dez milhares de anjos, Pág. 16 entoando um cântico agradabilíssimo; e sobre ela estava sentado o Filho do homem. Os cabelos, brancos e anelados, caíam-Lhe sobre os ombros; e sobre a cabeça tinha muitas coroas. Os pés tinham a aparência de fogo; em Sua destra trazia uma foice aguda e na mão esquerda, uma trombeta de prata. Seus olhos eram como chamas de fogo, que profundamente penetravam Seus filhos. Todos os rostos empalideceram; e o daqueles a quem Deus havia rejeitado se tornaram negros. Todos nós exclamamos então: "Quem poderá estar em pé? Estão as minhas vestes sem mancha?" Então os anjos cessaram de cantar, e houve algum tempo de terrível silêncio, quando Jesus falou: "Aqueles que têm mãos limpas e coração puro serão capazes de estar em pé; Minha graça vos basta." Com isto nos iluminou o rosto e encheu de alegria o coração. E os anjos tocaram mais fortemente e tornaram a cantar, enquanto a nuvem mais se aproximava da Terra. Então a trombeta de prata de Jesus soou, ao descer Ele sobre a nuvem, envolto em labaredas de fogo. Olhou para as sepulturas dos santos que dormiam, ergueu então os olhos e mãos ao céu, e exclamou: "Despertai! despertai! despertai, vós que dormis no pó, e levantai-vos!" Houve um forte terremoto. As sepulturas se abriram, e os mortos saíram revestidos de imortalidade. Os 144.000 clamaram "Aleluia!", quando reconheceram os amigos que deles tinham sido separados pela morte, e no mesmo instante fomos transformados e arrebatados juntamente com eles para encontrar o Senhor nos ares. Todos nós entramos na nuvem, e estivemos sete dias ascendendo para o mar de vidro, aonde Jesus trouxe as coroas, e com Sua própria destra as colocou sobre nossa cabeça. Deu-nos harpas de ouro e palmas de vitória. Ali, sobre o mar de vidro, os 144.000 ficaram em quadrado perfeito. Alguns deles tinham coroas muito brilhantes; outros, não tanto. Algumas coroas pareciam repletas de estrelas, ao passo que outras tinham poucas. Todos estavam perfeitamente satisfeitos com sua coroa. E todos Pág. 17 estavam vestidos com um glorioso manto branco, dos ombros aos pés. Havia anjos de todos os lados em redor de nós quando caminhávamos sobre o mar de vidro em direção à porta da cidade. Jesus levantou o potente e glorioso braço, segurou o portal de pérolas, fê-lo girar sobre seus luzentes gonzos, e nos disse: "Lavastes vossas vestes em Meu sangue, permanecestes firmes pela Minha verdade; entrai." Todos entramos e sentíamos ter perfeito direito à cidade. Ali vimos a árvore da vida e o trono de Deus. Do trono provinha um rio puro de água, e de cada lado do rio estava a árvore da vida. De um lado do rio havia um tronco da árvore, e do outro lado outro, ambos de ouro puro e transparente. A princípio pensei que via duas árvores. Olhei outra vez e vi que elas se uniam em cima numa só árvore. Assim estava a árvore da vida em ambos os lados do rio da vida. Seus ramos curvavam-se até o lugar em que nos achávamos, e seu fruto era esplêndido; tinha o aspecto de ouro, de mistura com prata. Todos nós fomos debaixo da árvore, e sentamo-nos para contemplar o encanto daquele lugar, quando os irmãos Fitch e Stockman, que tinham pregado o evangelho do reino, e a quem Deus depusera na sepultura para os salvar, se achegaram a nós e nos perguntaram o que acontecera enquanto eles haviam dormido. Tentamos lembrar nossas maiores provações, mas pareciam tão pequenas em comparação com o peso eterno de glória mui excelente que nos rodeava, que nada pudemos dizerlhes,e todos exclamamos - "Aleluia! é muito fácil alcançar o Céu!" - e tocamos nossas gloriosas harpas e fizemos com que as arcadas do Céu reboassem. Com Jesus à nossa frente, descemos todos da cidade para a Terra, sobre uma grande e íngreme montanha que, incapaz de suportar a Jesus sobre si, partiu-se em duas, formando uma grande planície. Olhamos então para cima e vimos a grande Pág. 18 cidade, com doze fundamentos, e doze portas, três de cada lado, e um anjo em cada porta. Todos exclamamos: "A cidade, a grande cidade, vem, vem de Deus descendo do Céu"; e ela veio e se pôs no lugar em que nos achávamos. Pusemos então a observar as coisas gloriosas fora da cidade. Vi ali casas belíssimas, que tinham a aparência de prata, apoiadas por quatro colunas marchetadas de pérolas preciosas, muito agradáveis à vista. Destinavam-se à habitação dos santos. Em cada uma havia uma prateleira de ouro. Vi muitos dos santos entrarem nas casas, tirarem sua coroa resplandecente, e pô-la na prateleira, saindo então para o campo ao lado das casas, para lidar com a terra; não como temos de fazer com a terra aqui, não, absolutamente. Uma gloriosa luz lhes resplandecia em redor da cabeça, e estavam continuamente louvando a Deus. Vi outro campo repleto de todas as espécies de flores; e quando as apanhei, exclamei: "Elas nunca murcharão." Em seguida vi um campo de relva alta, cujo belíssimo aspecto causava admiração; era uma vegetação viva, e tinha reflexos de prata e ouro quando magnificamente se agitava para glória do Rei Jesus. Entramos, então, num campo cheio de todas as espécies de animais: o leão, o cordeiro, o leopardo, o lobo, todos juntos em perfeita união. Passamos pelo meio deles, e pacificamente nos acompanharam. Dali entramos num bosque, não como os escuros bosques que aqui temos, não, absolutamente, mas claro e por toda parte glorioso; os ramos das árvores agitavam-se de um para outro lado, e todos exclamamos: "Moraremos com segurança na solidão, e dormiremos nos bosques." Atravessamos os bosques, pois estávamos a caminho do Monte Sião. No trajeto encontramos uma multidão que também contemplava as belezas do lugar. Notei a cor vermelha na borda de suas vestes, o brilho das coroas e a alvura puríssima dos vestidos. Pág. 19 Quando os saudamos, perguntei a Jesus quem eram eles. Disse que eram mártires que por Ele haviam sido mortos. Com eles estava uma inumerável multidão de crianças que tinham também uma orla vermelha em suas vestes. O Monte Sião estava exatamente diante de nós, e sobre o monte um belo templo, em cujo redor havia sete outras montanhas, sobre as quais cresciam rosas e lírios. E vi as crianças subirem, ou, se o preferiam, fazer uso de suas pequenas asas e voar ao cimo das montanhas e apanhar flores que nunca murcharão. Para embelezar o lugar, havia em redor do templo todas as espécies de árvores; o buxo, o pinheiro, o cipreste, a oliveira, a murta, a romãzeira e a figueira, curvada ao peso de seus figos maduros, embelezavam aquele local. E quando estávamos para entrar no santo templo, Jesus levantou Sua bela voz e disse: "Somente os 144.000 entram neste lugar", e nós exclamamos: "Aleluia"! Esse templo era apoiado por sete colunas, todas de ouro transparente, engastadas de pérolas belíssimas. As maravilhosas coisas que ali vi, não as posso descrever. Oh! se me fosse dado falar a língua de Canaã, poderia então contar um pouco das glórias do mundo melhor. Vi lá mesas de pedra, em que estavam gravados com letras de ouro os nomes dos 144.000. Depois de contemplar a beleza do templo, saímos, e Jesus nos deixou e foi à cidade. Logo Lhe ouvimos de novo a delicada voz, dizendo: "Vinde, povo Meu; viestes da grande tribulação, e fizestes Minha vontade; sofrestes por Mim; vinde à ceia, pois Eu Me cingirei e vos servirei." Nós exclamamos: "Aleluia! Glória"! e entramos na cidade. E vi uma mesa de pura prata; tinha muitos quilômetros de comprimento, contudo nossos olhares podiam alcançá-la toda. Vi o fruto da árvore da vida, o maná, amêndoas, figos, romãs, uvas e muitas outras espécies de frutas. Pedi a Jesus que me deixasse comer do fruto. Disse Ele: "Agora não. Os que comem do fruto deste lugar, não mais Pág. 20 voltam à Terra. Mas, dentro em pouco, se fores fiel, não somente comerás do fruto da árvore da vida mas beberás também da água da fonte." E disse: "Deves novamente voltar à Terra, e relatar a outros o que te revelei." Então um anjo me trouxe mansamente a este mundo escuro. Algumas vezes penso que não mais posso permanecer aqui; todas as coisas da Terra parecem demasiado áridas. Sinto-me muito solitária aqui, pois vi uma Terra melhor. Oh! tivesse eu asas como a pomba, e voaria e estaria em descanso! __________ Depois que voltei da visão, todas as coisas pareciam mudadas; uma tristeza se espalhava sobre tudo que eu contemplava. Oh! quão escuro pareceu-me este mundo! Chorei quando me encontrei aqui, e senti saudades. Eu tinha visto um mundo melhor, e o atual perdeu o seu valor. Contei a visão a nosso pequeno grupo em Portland, e creram plenamente que era de Deus. Este foi um tempo de poder. A solenidade das coisas eternas repousou sobre nós. Cerca de uma semana depois disto o Senhor deu-me outra visão e mostrou-me as provas pelas quais eu devia passar, indicando-me que eu devia ir e relatar a outros o que Ele me havia revelado, e que eu iria encontrar grande oposição e por isto sofreria angústia de espírito. Mas disse o anjo: "A graça de Deus te basta; Ele te sustentará." Ao voltar desta visão, senti-me excessivamente desassossegada. Minha saúde era por demais precária, e eu tinha apenas dezessete anos. Eu sabia que muitos tinham caído por causa da exaltação, e sabia que se eu de alguma maneira me exaltasse, Deus me abandonaria, e eu estaria seguramente perdida. Fui ao Senhor em oração e supliquei-Lhe que colocasse o fardo sobre outro. Parecia-me que eu não poderia levá-lo. Caí sobre o meu rosto longo tempo, e toda a luz que eu recebia era: "Faze conhecido dos outros o que Eu te tenho revelado." Pág. 21 Na minha visão seguinte, ardentemente supliquei ao Senhor que se eu devia ir e relatar o que Ele me havia mostrado, que me guardasse da exaltação. Então Ele me mostrou que minha oração fora respondida, e que se eu estivesse em perigo de exaltação a Sua mão estaria sobre mim, e eu seria afligida com enfermidade. Disse o anjo: "Se deres as mensagens fielmente e perseverares até o fim, comerás do fruto da árvore da vida e beberás da água do rio da vida." Não demorou muito se espalhou ao redor que as visões eram resultado de mesmerismo, e muitos adventistas mostraram-se prontos para espalhar essa versão. Um médico que era afamado mesmerista disse-me que minhas visões eram mesmerismo, e que eu era uma vítima muito fácil, podendo ele magnetizar-me e dar-me uma visão. Eu lhe disse que o Senhor me havia mostrado em visão que o mesmerismo era de origem diabólica, dos insondáveis abismos, e que logo estaria ali com os que continuassem a praticá-lo. Dei-lhe então liberdade de magnetizar-me, se pudesse fazê-lo. Ele tentou-o por mais de meia hora, recorrendo a diferentes operações, e então desistiu. Pela fé em Deus pude resistir a sua influência, de maneira que em nada isto me afetou. Se eu tinha uma visão em reuniões, muitos diziam que era uma perturbação e que alguém me havia magnetizado. Então eu ia sozinha para os bosques, onde nenhum ouvido podia ouvir-me ou ver-me algum olho senão Deus, e orava a Ele, e Ele algumas vezes me dava uma visão ali. Então eu me regozijava e contava-lhes o que Deus me havia revelado sozinha, onde nenhum mortal podia influenciar-me. Diziam então que eu me havia magnetizado a mim mesma. Oh! eu pensava, chegou o ponto em que os que honestamente vão a Deus sozinhos para suplicar Suas promessas e clamar por Sua salvação sejam acusados de estar sob a má e danosa influência do mesmerismo? Suplicamos a nosso bondoso Pai do Céu que nos dê "pão", apenas para receber Pág. 22 uma "pedra" ou um "escorpião"? Essas coisas feriam o meu espírito e me deprimiam a alma com terrível angústia, quase ao ponto do desespero, enquanto muitos queriam fazer-me crer que não havia Espírito Santo e que tudo quanto os homens santos de Deus haviam experimentado não era senão mesmerismo ou enganos de Satanás. Nesta ocasião havia fanatismo no Maine. Alguns renunciavam inteiramente ao trabalho e desligavam da comunhão todos os que não aceitavam as suas opiniões neste ponto, e algumas outras coisas que eles consideravam deveres religiosos. Deus me revelava esses erros em visão e enviava-me a Seus extraviados filhos a fim de lhos declarar; mas muitos deles rejeitavam inteiramente a mensagem, e acusavam-me de conformismo com o mundo. Por outro lado, os adventistas nominais acusavamme de fanatismo e eu era por alguns falsa e impiamente representada como sendo líder do fanatismo que eu estava na realidade trabalhando para corrigir. Diferentes datas foram repetidamente estabelecidas para a vinda do Senhor e impostas aos irmãos; mas o Senhor mostrou-me que todas essas datas passariam, pois o tempo de angústia devia vir antes da vinda de Cristo, e que cada vez que uma data era estabelecida e passava, simplesmente enfraquecia a fé do povo de Deus. Por isto eu era acusada de ser como o mau servo que dizia em seu coração: "Meu Senhor tarde virá." Mat. 24:48. Tudo isso pesava sobremodo em meu espírito, e na confusão eu era algumas vezes tentada a duvidar de minha própria experiência. Quando certa manhã em orações de família, o poder de Deus começou a descer sobre mim, depressa veio a minha mente o pensamento de que era mesmerismo, e resisti a ele. Imediatamente fui tomada de mudez e por alguns momentos perdi a noção de tudo ao meu redor. Vi então o meu pecado em duvidar do poder de Deus, e que por assim proceder fiquei muda, e que minha língua seria libertada antes de decorridas vinte e quatro horas. Um cartão foi colocado diante de mim no qual estavam escritos Pág. 23 em letras de ouro o capítulo e verso de cinqüenta textos das Escrituras. Ao voltar da visão, solicitei por acenos a lousa, e nela escrevi que estava muda, também o que eu tinha visto e que eu desejava a Bíblia grande. Tomei a Bíblia e prontamente identifiquei todos os textos que eu tinha visto no cartão. Eu não pude falar durante o dia todo. Logo na manhã seguinte minha alma se encheu de alegria e minha língua foi libertada para proclamar os altos louvores de Deus. Depois disto não mais ousei duvidar do poder de Deus ou resisti-lo ainda que fosse por um só momento, não importando o que outros pudessem pensar de mim. PRIMEIROS ESCRITOS, 14-22.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A FORMA DE ATACAR NUNCA MUDOU E CONTINUA HOJE.

Pág. 69 Por quarenta anos a incredulidade, murmurações e rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do moderno Israel na Canaã celeste. Em nenhum dos casos as promessas de Deus estiveram em falta. É a incredulidade, o mundanismo, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo do Senhor que nos têm conservado neste mundo de pecado e dor por tantos anos. Há duas outras passagens que se diz encontrarem-se em meu primeiro livro, mas não dadas em meus escritos posteriores. Quanto a estas, direi apenas que, quando eu puder obter um livro que as contenha, de maneira que me possa certificar da exatidão dessas citações e ver por mim mesma sua ligação, estarei preparada para falar com entendimento a seu respeito. Zombadores dos Últimos Dias Desde o início de minha obra, tenho sido perseguida por ódio, injúria e falsidades. Baixas incriminações e boatos caluniosos têm sido ativamente colhidos e largamente divulgados pelos rebeldes, formalistas e fanáticos. Há ministros das chamadas igrejas ortodoxas viajando de um lugar para outro para combater os Adventistas do Sétimo Dia, e fazem da Sra. White a sua fonte. Os zombadores dos últimos dias são levados por esses ministros que professam ser representantes de Deus. O mundo incrédulo, os ministros das igrejas caídas, e os Adventistas do Primeiro Dia acham-se unidos na obra de atacar a Sra. White. Esta guerra tem sido mantida por cerca de quarenta anos, mas não me senti na liberdade sequer de notar suas vis arengas, injúrias e insinuações. E não me afastaria agora desse costume, não fosse que algumas almas sinceras podem ser desencaminhadas pelos inimigos da verdade que exultam tanto em declarar que sou uma enganadora. Na esperança de ajudar o espírito dos sinceros, faço estas declarações. Não espero alcançar aqueles que, havendo visto a luz da verdade, recusam-se a dar-lhe atenção, os que se entregaram ao preconceito e entrincheiram a própria alma na incredulidade. Jesus, a Majestade do Céu, Aquele que era igual a Deus, Pág. 70 esteve no mundo trinta e três anos, e todavia poucos houve que Lhe reconhecessem o caráter divino. E poderei eu, tão fraca, tão sem valor, frágil criatura humana, esperar maior êxito do que o que alcançou o Salvador do mundo? Quando, a princípio, me entreguei a esta obra, ir aonde o Senhor me ordenasse, dizer as palavras que Ele me desse para o povo, sabia que sofreria oposição, opróbrio, perseguição. Não fiquei decepcionada. Houvesse confiado no aplauso humano, de há muito estaria desanimada. Olhei, porém, a Jesus, e vi que Ele que era sem pecado fora assaltado por línguas caluniadoras. Os que apresentavam altas pretensões de piedade, seguiam como espias os passos do Salvador, e tudo ao seu alcance faziam para impedir-Lhe o caminho. Mas se bem que Ele fosse Todo-poderoso, não visitava Seus adversários segundo os pecados deles mereciam. Poderia haver lançado contra eles os raios de Sua vingança, mas assim não fez. Ministrava-lhes fulminantes repreensões por sua hipocrisia e corrupção, e quando Sua mensagem era rejeitada e Sua vida ameaçada, passava tranqüilamente a outro lugar para falar as palavras da vida. Em minha fraqueza, tenho procurado seguir o exemplo de meu Salvador. Inimizade Contra Defensores da Verdade Com que ansiedade buscavam os fariseus provar que Cristo era um enganador! Como Lhe vigiavam cada palavra, procurando torcer e interpretar mal tudo quanto dizia! Orgulho e preconceito e paixão cerravam toda a entrada da alma contra o testemunho do Filho de Deus. Quando lhes censurava positivamente a iniqüidade e declarava que suas obras demonstravam ser eles filhos de Satanás, devolviam irados a acusação, dizendo: "Não dizemos nós bem que és samaritano, e que tens demônio?" Todos os argumentos alegados contra Cristo baseavam-se em falsidades. Assim foi no caso de Estêvão, e de Paulo. Mas as declarações mais fracas e não merecedoras de confiança feitas do lado do erro tinham influência, porque havia tantos cujo coração não estava santificado que desejavam que aquelas Pág. 71 afirmações fossem verdadeiras. Tais pessoas estão sempre ansiosas de firmar-se em algum suposto erro ou engano nos que lhes falam uma verdade que não lhes agrada. Não nos devia surpreender se más conjeturas são avidamente tomadas como fatos indubitáveis por aqueles que são sôfregos de falsidades. Os adversários de Cristo eram repetidamente confundidos e reduzidos ao silêncio pela sabedoria de Suas palavras; todavia davam ainda ansioso ouvido a todo boato, e encontravam algum pretexto para assediá-Lo novamente com perguntas contrárias. Estavam decididos a não abandonar seu desígnio. Bem sabiam eles que se Jesus continuasse a Sua obra, muitos creriam nEle, e os escribas e fariseus perderiam seu poder para com o povo. Assim, estavam dispostos a descer a qualquer medida baixa e desprezível para efetuar suas más intenções contra Ele. Eles aborreciam os herodianos, todavia uniram-se a esses inveterados inimigos a fim de arranjar algum plano para livrar a Terra de Cristo. Tal foi o espírito com que o Filho de Deus foi recebido por aqueles a quem viera salvar. Pode alguém que esteja buscando obedecer a Deus, e levar ao mundo a mensagem de Sua verdade, esperar mais favorável recepção do que a que foi dispensada a Cristo? Não tenho má vontade alguma para com aqueles que estão procurando anular a mensagem que Deus deu para reprovar, advertir e animar Seu povo. Mas, como embaixadora de Cristo preciso estar na defesa da verdade. Quem são aqueles que tão zelosamente se arregimentam contra mim? São eles os puros e santos filhos da fé? Nasceram eles de novo? São participantes da natureza divina? Amam a Jesus, e manifestam Seu espírito de mansidão e humildade? "Por seus frutos os conhecereis." Mat. 7:20. Assemelham-se eles aos primitivos discípulos, ou àqueles astutos escribas e fariseus que estavam continuamente vigiando para enredar Cristo em Suas palavras? Observai a maneira manhosa daqueles antigos adversários da fé - como doutores da lei, sacerdotes, escribas e principais se combinavam para encontrar qualquer coisa contra Aquele que era a luz do mundo. E por que estavam eles tão determinados em condenar a Pág. 72 Cristo? Eles não amavam Suas doutrinas e preceitos, e desagradava-lhes ver a atenção do povo voltada para Ele, e afastada de seus antigos dirigentes. A natureza humana é ainda a natureza humana. Não se enganem os que me buscam obstruir o caminho e destruir a influência de minhas palavras com a crença de que estão fazendo o serviço de Deus. Eles estão servindo a outro senhor, e serão recompensados segundo a sua obra. A rebelião existirá enquanto existir Satanás. Os que são movidos por seu espírito não discernirão o Espírito de Deus nem Lhe escutarão a voz até que saia o decreto: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda." Apoc. 22:11. Eu espero enfrentar a maldade daqueles que desprezam a luz que aprouve a Deus me dar. MENSAGENS ESCOLHIDAS, I, 69-72.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

NENHUM COMPROMISSO COM O PECADO.

O tema favorito de João era o infinito amor de Cristo. Ele cria em Deus como uma criança crê num pai bondoso e terno. Compreendia o caráter e obra de Pág. 63 Jesus; e quando via seus irmãos judeus caminhando às apalpadelas, sem nenhum raio do Sol da Justiça para lhes iluminar o caminho, ansiava por lhes apresentar Cristo, a Luz do mundo. O fiel apóstolo via que a cegueira deles, o orgulho, a superstição e a ignorância quanto às Escrituras estavam-lhes pondo a vida em correntes que nunca mais se partiriam. O preconceito e o ódio que obstinadamente nutriam contra Cristo, estavam trazendo a ruína sobre eles como nação e destruindo sua esperança de vida eterna. Mas João continuava a apresentar-lhes Cristo como o único meio de salvação. A evidência de que Jesus de Nazaré era o Messias estava tão clara que João declara que nenhum homem tem necessidade de andar nas trevas do erro enquanto tal luz é oferecida. Entristecidos Pelos Erros Perniciosos João viveu o bastante para ver o evangelho de Cristo pregado longe e perto, e milhares aceitando avidamente seus ensinos. Mas encheu-se de tristeza ao perceber que erros perniciosos se introduziam na igreja. Alguns dos que aceitaram a Cristo afirmavam que Seu amor os desobrigava da obediência à lei de Deus. De outro lado, muitos ensinavam que a letra da lei deveria ser observada, como também todos os costumes e cerimônias judaicas, e que isso era suficiente para a salvação, sem o sangue de Cristo. Eles sustentavam que Cristo fora um bom homem, tanto como os apóstolos, mas negavam Sua divindade. João viu os perigos a que seria exposta a igreja, se seus membros recebessem essas idéias, de modo que as enfrentou com presteza e decisão. Pág. 64 Escreveu a uma grande auxiliadora do evangelho, uma senhora de boa reputação e extensa influência: "Muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo. Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganhado; antes, recebamos o inteiro galardão. Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras." II João 1:7-11. João não prosseguiu seu trabalho sem grandes embaraços. Satanás não estava ocioso. Instigou homens maus para abreviarem a vida útil desse homem de Deus; mas santos anjos o protegeram de seus assaltos. João precisava ficar como uma fiel testemunha de Cristo. A igreja, em seu perigo, necessitava de seu testemunho. Pela representação maliciosa e falsidade, os emissários de Satanás procuraram despertar oposição contra João e a doutrina de Cristo. Em conseqüência, dissensões e heresias estavam pondo em perigo a igreja. João enfrentou estes erros com inflexibilidade. Vedou o caminho aos adversários da verdade. Escreveu e exortou, para que os dirigentes destas heresias não tivessem o menor estímulo. Presentemente, há males semelhantes aos que ameaçavam a prosperidade da igreja primitiva, e os ensinos do apóstolo sobre estes pontos deveriam ser Pág. 65 cuidadosamente atendidos. "Deveis ter amor", é o clamor que se pode ouvir em toda parte, especialmente daqueles que professam a santificação. Mas o amor é demasiado puro para cobrir um pecado não confessado. Os ensinos de João são importantes para aqueles que vivem entre os perigos dos últimos dias. Ele estivera intimamente ligado a Cristo. Escutara Seus ensinos e testemunhara Seus poderosos milagres. Assim apresentou um convincente testemunho, que tornou sem efeito as falsidades de Seus inimigos. Nenhum Compromisso com o Pecado João desfrutou a bênção da verdadeira santificação. Mas notai: o apóstolo não proclama ser sem pecado; está em busca da perfeição, andando à luz da presença de Deus. Testifica que o homem que professa conhecer a Deus e, contudo, quebra a lei divina, nega sua profissão. "Aquele que diz: Eu conheço-O e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade." I João 2:4. Neste século de alarmante liberalidade, estas palavras seriam taxadas de carolice. Mas o apóstolo ensina que, conquanto devamos manifestar cortesia cristã, estamos autorizados a chamar o pecado e os pecadores por seu verdadeiro nome - que isto é coerente com o verdadeiro amor. Conquanto tenhamos de amar as pessoas por quem Cristo morreu e trabalhar por sua salvação, não devemos condescender com o pecado. Não nos unamos com os rebeldes chamando a isso amor Deus exige de Seu povo atual que permaneça, como o fez João em seu tempo, inflexivelmente pelo direito, em oposição aos erros destruidores das pessoas. Pág. 66 Não Há Santificação sem Obediência. SANTIFICAÇÃO, 63-65.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

PARA MEDITAR SOBRE O ESPÍRITO SANTO.

Em obediência à ordem de Cristo, esperaram em Jerusalém o cumprimento da promessa do Pai — o derramamento do Espírito. Não esperaram ociosos. Diz o registro que “estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus”. — Nos Lugares Celestiais, 24. Ao esperarem os discípulos pelo cumprimento da promessa, humilharam o coração em verdadeiro arrependimento e confessaram sua incredulidade. ... Os discípulos oraram com intenso fervor para serem habilitados a se aproximar dos homens, e em seu trato diário, falar palavras que levassem os pecadores a Cristo. Pondo de parte todas as divergências, todo o desejo de supremacia, uniram-se em íntima comunhão cristã.— Atos dos Apóstolos, 35-37. Só depois de haverem os discípulos entrado em união perfeita, quando não mais contendiam pelas posições mais elevadas, foi o Espírito derramado.— Testemunhos Seletos 3:211. O derramamento do Espírito nos dias dos apóstolos foi o começo da primeira chuva, ou temporã, e glorioso foi o resultado. Até ao fim do tempo, a presença do Espírito deve ser encontrada com a verdadeira igreja.— Atos dos Apóstolos, 54-55.

HÁ PROVAS QUE DESANIMAM, MAS O TEMPO É URGENTE.

Vi que o remanescente não estava preparado para o que está para sobrevir à Terra. Estupefação, como desinteresse, parece possuir a mente da maioria dos que professam crer que estamos vivendo a última mensagem. Meu anjo assistente clamou com impressionante solenidade: "Aprontai-vos! Aprontai-vos! Aprontai-vos pois a ardente ira do Senhor está para vir! Sua ira está para ser derramada, sem mistura de misericórdia, e todavia não estais prontos. Rasgai o coração, e não os vestidos. Uma grande obra deve ser feita pelo remanescente. Muitos deles estão se demorando sobre pequenas provas." Disse o anjo: "Legiões de anjos maus estão ao redor de vós, procurando introduzir suas terríveis trevas, a fim de serdes enlaçados e apanhados. Permitis que vossa mente demasiado pronto se desvie da obra de preparação e das todo-importantes verdades para estes últimos dias. E vos demorais sobre pequenas provas e entrais em minúcias especiais de pequenas dificuldades, a fim de explicá-las para satisfação deste ou daquele." Tem-se alongado por horas, conversação entre as partes envolvidas, e não somente o seu tempo tem sido perdido, mas os servos de Deus são retidos para ouvi-los, quando o coração de ambas as partes não está subjugado pela graça. Se o orgulho e o egoísmo fossem colocados de lado, cinco minutos bastariam para remover a maioria das dificuldades. Anjos têm sido ofendidos e Deus desagradado pelas horas que são gastas em justificação do eu. Vi que Deus não Se curvará para ouvir alongadas justificações, e Ele não deseja que os Seus servos o façam, e assim se esbanje Pág. 120 precioso tempo que devia ser empregado em mostrar aos transgressores o erro de sua conduta, e tirando almas do fogo. Vi que o povo de Deus está em terreno encantado, e que alguns têm quase perdido o senso da brevidade do tempo e o valor da alma. O orgulho tem-se insinuado entre os guardadores do sábado - o orgulho do vestuário e da aparência. Disse o anjo: "Os guardadores do sábado terão de morrer para o eu, morrer para o orgulho e o amor da aprovação." A verdade, a salvadora verdade, precisa ser levada ao faminto povo em trevas. Vi que muitos oravam para que Deus os tornasse humildes; mas se Deus respondesse a suas orações, seria por terríveis coisas em justiça. Era seu dever humilharem-se a si mesmos. Vi que se a exaltação pessoal fosse tolerada, levaria seguramente almas ao descaminho, e se não fosse vencida, mostrar-se-ia sua ruína. Quando alguém começa a parecer grande aos seus próprios olhos e pensa que pode fazer alguma coisa, o Espírito de Deus é retirado, e ele vai em sua própria força até que é vencido. Vi que um santo, se reto, poderia mover o braço de Deus; mas toda uma multidão, se em erro, seria fraca e nada efetuaria. Muitos têm coração exaltado, insubmisso, e pensam mais em suas próprias pequenas ofensas e provas do que nas almas dos pecadores. Se tivessem em vista a glória de Deus, preocupar-se-iam pelas almas que perecem ao seu redor; e ao sentirem sua perigosa situação, apegar-se-iam com fé enérgica, atuante, em Deus, e sustentariam as mãos dos Seus servos, a fim de que pudessem ousadamente mas com amor, declarar a verdade e advertir as almas a que se firmem nela, antes que a doce voz de misericórdia morresse na distância. Disse o anjo: "Os que professam o Seu nome não estão prontos." Vi que as sete últimas pragas estavam vindo sobre a desabrigada cabeça dos ímpios; e então os que haviam permanecido em seu caminho Pág. 121 ouvirão amargas acusações de pecadores, e seu coração desmaiará dentro deles. Disse o anjo: "Tendes estado a vasculhar palhas - demorando-vos sobre pequenas provas - e pecadores se perdem como conseqüência." Deus está disposto a operar em nosso favor em nossas reuniões, e é Seu prazer fazê-lo. Mas Satanás diz: "Embaraçarei a obra." Seus agentes dizem: "Amém." Crentes professos na verdade detêm-se em suas insignificantes provas e dificuldades que Satanás coloca diante deles. Gasta-se tempo que jamais poderá ser recuperado. Os inimigos da verdade têm visto nossas fraquezas, Deus tem sido ofendido, Cristo tem sido ferido. PRIMEIROS ESCRITOS, 120-121.

OS HÁBITOS EM GERAL (NÃO SÓ ALIMENTAR) E SUAS CONSEQUÊNCIAS.

Os hábitos que rebaixam a norma de saúde física, enfraquecem as forças mentais e morais. A tolerância para com apetites e paixões pervertidos exerce uma influência controladora sobre os nervos e o cérebro. (...) É impossível ao intemperante ser um cristão, pois suas faculdades mais altas são trazidas em cativeiro pelas paixões. — Conselhos sobre Saúde, p.36

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O CONFLITO E A POPULARIDADE DAS IGREJAS.

As Ciladas de Satanás Ao se aproximar o povo de Deus dos perigos dos últimos dias, faz Satanás ardorosa consulta com seus anjos quanto ao plano de maior êxito no sentido de lhes transtornar a fé. Vê que as igrejas populares já estão sendo embaladas para dormir, pelo seu poder enganador. Por meio de agradáveis enganos e mentirosas maravilhas, pode ele continuar a conservá-los sob o seu domínio. Dirige portanto seus anjos para que lancem suas ciladas especialmente para os que aguardam o segundo advento de Cristo e se estão esforçando por observar todos os mandamentos de Deus. Diz o grande enganador: "Devemos vigiar aqueles que estão chamando a atenção do povo para o sábado de Jeová; eles levarão muitos a ver as exigências da lei de Deus; e a mesma luz que revela o verdadeiro sábado, revela também a missão de Cristo no santuário celestial, e revela que a última obra para a salvação do homem está agora indo avante. Conservai nas trevas a mente do povo até que esta obra termine, e teremos conseguido o mundo e a igreja também. "O sábado é a grande questão que deve decidir o destino de almas. Devemos exaltar o sábado criado por nós. Temos feito com que ele seja aceito tanto pelos mundanos como pelos membros da igreja. Deve agora a igreja ser levada a unir-se com o mundo em sua defesa. Devemos trabalhar por meio de sinais e maravilhas para lhes cegar os olhos quanto à verdade, e levá-los a pôr de lado a razão e o temor de Deus e a seguir os costumes e tradições. "Influenciarei os pastores populares a desviar dos mandamentos de Deus a atenção dos ouvintes. Aquilo que as Escrituras declaram ser uma perfeita lei de liberdade, será representado como um jugo de servidão. O povo aceita as explanações das Escrituras de seus pastores, e não estuda por si mesmo. Portanto, atuando por meio de seus pastores, posso dominar o povo de acordo com a minha vontade. "Mas nossa principal preocupação é silenciar esta seita de observadores do sábado. Devemos despertar contra eles a indignação popular. Alistaremos ao nosso lado grandes homens e homens sábios segundo o mundo, e induziremos aos que estão em autoridade a executar os nossos propósitos. Então o sábado que eu estabeleci será forçado pelas leis mais severas e obrigatórias. Os que as desrespeitarem, serão tocados das cidades e vilas e levados a passar fome e privação. Uma vez que tenhamos o poder, mostraremos o que podemos fazer com os que não se desviam de sua fidelidade a Deus. Levamos a igreja romana a infligir prisão, tortura e a morte àqueles que recusavam seguir aos seus decretos; e agora que estamos pondo as igrejas protestantes e o mundo em harmonia com esse braço direito de nossa força, finalmente termos uma lei para exterminar a todos os que não se submeterem à nossa autoridade. Quando se fizer da morte a penalidade da violação do nosso sábado, então muitos dos que agora estão nas fileiras dos observadores dos mandamentos, passarão para o nosso lado. "Mas antes de adotarmos estas medidas extremas, devemos exercer toda a nossa sabedoria e sutileza para enganar os que honram o verdadeiro sábado e engodá-los. Podemos separar muitos de Cristo, pela mundanidade, luxúria e orgulho. Podem julgar-se salvos porque crêem na verdade, mas a condescendência com o apetite, as paixões mais baixas que confundirão o juízo e destruirão o discernimento, causar-lhes-ão a queda. "Ide, fazei com que os donos de terras e de dinheiro se embriaguem com os cuidados desta vida. Apresentai o mundo diante deles em sua mais atraente luz, que acumulem o seu tesouro aqui, e fixem sua atenção sobre as coisas terrenas. Devemos fazer o máximo para evitar que os que trabalham na causa de Deus obtenham meios para usar contra nós. Conservai o dinheiro em nossas próprias fileiras. Quanto mais dinheiro obtiverem, tanto mais prejudicarão nosso reino tirando de nós os nossos súditos. Fazei com que se preocupem mais com o dinheiro do que com a edificação do reino de Cristo e a disseminação das verdades que odiamos, e não precisamos temer-lhes a influência, pois sabemos que toda a pessoa egoísta e cobiçosa cairá em nosso poder, e finalmente se separará do povo de Deus. "Por meio daqueles que têm uma forma de piedade, mas não lhe conhecem o poder, podemos ganhar muitos que de outra maneira nos causariam grande mal. Os mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus, serão os nossos mais eficientes auxiliares. Os que pertencem a essa classe, forem mais aptos e inteligentes, servirão de chamariz para atrair outros para as nossas ciladas. Muitos não lhes temerão a influência, porque professam a mesma fé. Levá-los-emos então a concluir que as reivindicações de Cristo são menos estritas do que uma vez creram, e que pela conformação com o mundo exercerão maior influência sobre os mundanos. Assim se separarão de Cristo; então não terão forças para resistir ao nosso poder, e dentro de pouco tempo estarão prontos para ridicularizar o seu antigo zelo e devoção. "Enquanto não for dado o grande golpe decisivo, devem nossos esforços contra os observadores dos mandamentos ser incansáveis. Devemos estar presentes em todos os seus ajuntamentos. Especialmente em suas grandes reuniões, nossa causa muito sofrerá, e devemos exercer grande vigilância, e empregar todas as nossas artes sedutoras para evitar que as almas ouçam a verdade e por ela sejam impressionadas. "Terei no terreno, como meus agentes, homens que mantenham falsas doutrinas misturadas com justamente suficiente verdade para enganar almas. Também terei presentes pessoas incrédulas, que expressarão dúvidas quanto às mensagens de advertência do Senhor à Sua igreja. Lesse o povo e cresse essas admoestações, e pouca esperança poderíamos ter de vencê-los. Mas se pudermos desviar-lhes a atenção dessas advertências, permanecerão ignorando nosso poder e sagacidade, e finalmente os ganharemos para as nossas fileiras. Deus não permitirá que Suas palavras sejam menosprezadas impunemente. Se pudermos conservar as almas enganadas durante algum tempo, retirar-se-á a misericórdia de Deus, e Ele as abandonará ao nosso completo domínio. "Temos de causar lutas e divisões. Temos de destruir a ansiedade deles por sua própria alma e levá-los à crítica, aos juízos temerários, acusando e condenando-se uns aos outros, a idolatrar o egoísmo e a inimizade. Por causa destes pecados, Deus baniu-nos de Sua presença; e todos quantos seguirem o nosso exemplo terão sorte idêntica." ---------- 67 Deixai que o Céu Guie A profecia se deve cumprir. Diz o Senhor: "Eis que Eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor." Mal. 4:5. Alguém deve vir no espírito e no poder de Elias, e quando ele aparecer, poderão os homens dizer: "Sois demasiadamente sinceros, não interpretais as Escrituras na devida maneira. Deixai-me dizer-vos como ensinar vossa mensagem." Muitos há que não podem distinguir entre a obra de Deus e a do homem. Contar-vos-ei a verdade como Deus me dá, e agora digo: Se continuardes a descobrir faltas e a ter o espírito de desavença, jamais conhecereis a verdade. Jesus disse aos Seus discípulos: "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora." João 16:12. Não estão em condições de apreciar as coisas sagradas e eternas; mas Jesus prometeu enviar o Consolador, que lhes ensinaria todas as coisas, e lhes traria todas as coisas à lembrança, fosse o que fosse que lhes tivesse dito. Irmãos, não devemos confiar no homem. "Afastai-vos, pois, do homem cujo fôlego está no seu nariz; por que em que se deve ele estimar?" Isa. 2:22. Deveis confiar a Jesus vossa alma indefesa. Não nos convém beber da fonte do vale, quando há uma fonte na montanha. Deixemos as correntes baixas; busquemos as fontes mais elevadas. Se há um ponto de verdade que não compreendeis, com o qual não concordais, pesquisai, comparai um escrito com o outro. Penetrai bem fundo na mina da verdade da Palavra de Deus. Deveis colocar tanto a vós como as vossas opiniões no altar de Deus, abandonar vossas idéias preconcebidas, e deixar que o Espírito do Céu vos guie em toda a verdade. Review and Herald, 18 de fevereiro de 1890. TESTEMUNHOS PARA MINISTROS E OBREIROS EVANGÉLICOS, 472-475

O MINISTÉRIO DE CADA UM.

Aqueles que têm muito pouca coragem para reprovar o mal, ou que pela indolência ou falta de interesse não fazem um esforço ardoroso para purificar a família ou a igreja de Deus, são responsáveis pelos males que possam resultar de sua negligência ao dever. Somos precisamente tão responsáveis pelos males que poderíamos ter impedido nos outros pelo exercício da autoridade paterna ou pastoral, como se esses atos tivessem sido nossos. O exemplo dos que administram em coisas santas deve ser de maneira que incuta no povo a reverência para com Deus, e o receio de O ofender. Quando os homens, servindo de embaixadores "da parte de Cristo" (II Cor. 5:20) para falar ao povo acerca da mensagem de misericórdia e reconciliação, enviada por Deus, fazem uso de sua vocação sagrada qual manto para encobrir a satisfação egoísta ou sensual, constituem-se eles os agentes mais eficazes de Satanás. Como Hofni e Finéias, fazem com que os homens desdenhem a oferta do Senhor. Podem prosseguir com sua má conduta, em segredo, por algum tempo; mas, quando finalmente é apresentado seu verdadeiro caráter, a fé do povo recebe um abalo de que muitas vezes resulta a destruição de sua confiança na religião. Fica na mente uma desconfiança contra todos os que professam ensinar a Palavra de Deus. A mensagem do verdadeiro servo de Cristo é recebida com dúvida. Surge constantemente a pergunta: "Não se mostrará este homem ser como aquele que julgávamos tão santo, e achamos tão corrupto?" Assim a Palavra de Deus perde o seu poder sobre a alma dos homens. Na reprovação de Eli a seus filhos acham-se palavras de uma significação solene e terrível - palavras que todos os que ministram em coisas sagradas bem fariam em ponderar: "Pecando homem contra homem, os juízes o julgarão; pecando, porém, o homem contra o Senhor, quem rogará por ele?" I Sam. 2:25. Houvessem seus crimes lesado unicamente seus semelhantes, e poderia o juiz ter feito a reconciliação, indicando uma pena, e exigindo a devida restituição; e assim os transgressores poderiam ter sido perdoados. Ou, se não tivessem eles sido culpados de um pecado de presunção, uma oferta para o pecado poderia ter sido apresentada por eles. Mas seus pecados estavam de tal maneira entretecidos com seu ministério de, na qualidade de sacerdotes do Altíssimo, oferecerem sacrifício pelo pecado, e a obra de Deus foi de tal maneira profanada e desonrada perante o povo, que nenhuma expiação por eles poderia ser aceita. Seu próprio pai, embora fosse sumo sacerdote, não ousou interceder em favor deles; não os podia defender da ira de um Deus santo. De todos os pecadores, são os mais culpados os que lançam o desdém aos meios que o Céu proveu para a redenção do homem - pecadores estes que "de novo crucificam o Filho de Deus, e O expõem ao vitupério". Heb. 6:6.PATRIARCAS E PROFETAS, 578/579.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

SOMOS RICOS, MUITO RICOS EM TESTEMUNHOS ATRAVÉS DE ELLEN G. WHITE.

Uma coisa é certa: Os adventistas do sétimo dia que se colocam sob o estandarte de Satanás abandonarão primeiro sua fé nas advertências e repreensões contidas nos Testemunhos do Espírito de Deus. Está sendo feito o apelo para maior consagração e serviço mais santo, e continuará a ser feito. Carta 156, 1903. Dois Exemplos Típicos 1. Testemunho Pessoal Recebido de Bom Grado. Voltamos em 12 de dezembro [de 1892]. Ao anoitecer do dia seguinte, o irmão Faulkhead veio falar comigo. O fardo de seu caso incidia sobre o meu espírito. Eu lhe disse que tinha uma mensagem para ele e sua esposa, que preparei diversas vezes para enviar-lhes, mas achei que o Espírito do Senhor me proibia de fazê-lo. Pedi que ele marcasse uma hora em que pudesse vê-los. Pág. 85 Ele respondeu: "Estou contente porque a senhora não me enviou uma comunicação escrita; prefiro receber a mensagem de seus lábios; se ela viesse de outra maneira, penso que não me teria feito algum bem." Ele perguntou então: "Por que não me transmite a mensagem agora?" Eu disse: "Pode ficar para ouvi-la?" Ele replicou que faria isso. Eu estava muito cansada, pois assistira às solenidades de encerramento da escola aquele dia; mas levantei-me da cama em que estava deitada e li algo para ele durante três horas. Seu coração abrandou-se, havia lágrimas nos olhos, e quando eu terminei de ler, ele disse: "Aceito cada palavra; tudo isso se refere a mim.".— Mensagens Escolhidas 3:84/85. O derradeiro engano de Satanás será anular o testemunho do Espírito de Deus. “Não havendo profecia, o povo se corrompe” [no inglês, “o povo perece”]. Provérbios 29:18. Satanás operará habilmente de várias maneiras e por diferentes instrumentalidades, para perturbar a confiança do povo remanescente de Deus no verdadeiro testemunho.—Mensagens Escolhidas 1:48. O inimigo tem envidado seus magistrais esforços para abalar a fé de nosso próprio povo nos Testemunhos. ... Isto é exatamente como Satanás tencionava que fosse, e os que têm preparado o caminho para o povo não dar atenção às advertências e repreensões dos Testemunhos do Espírito de Deus verão surgir uma torrente de erros de toda a espécie.— Mensagens Escolhidas 3:83. O plano de Satanás é enfraquecer a fé do povo de Deus nos Testemunhos. Em seguida vem o ceticismo no tocante aos pontos vitais de nossa fé, as colunas de nossa posição, depois as dúvidas acerca das Escrituras Sagradas, e então a caminhada descendente para a perdição. Quando os Testemunhos, nos quais se acreditava anteriormente, são postos em dúvida e rejeitados, Satanás sabe que as pessoas enganadas não pararão aí; e ele redobra os seus esforços até lançá-las em rebelião aberta, que se torne irremediável e termine em destruição.—Testemunhos para a Igreja 4:211.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

LINDOS SONHOS.

Os Sonhos da Sra. White Sonhei que via um templo em que muitas pessoas se estavam reunindo. Apenas os que se refugiassem naquele templo seriam salvos quando terminasse o tempo; todos os que ficassem fora estariam para sempre perdidos. A multidão que se achava fora e que prosseguia com seus vários interesses, caçoava e ridicularizava os que estavam entrando no templo, e dizia-lhes que esse meio de segurança era um sagaz engano e que, de fato, não havia perigo algum para se evitar. Chegaram a lançar mãos de alguns para impedir-lhes a entrada. Receosa de ser escarnecida, achei melhor esperar até que a multidão se dispersasse ou até que eu pudesse entrar sem ser observada por eles. Mas o número aumentava em vez de diminuir, e, receando ficar muito atrasada, saí apressadamente de casa e atravessei a multidão. Na minha ansiedade por atingir o templo Pág. 79 não notava a multidão que me cercava nem com ela me ocupava. Entrando no edifício, vi que o vasto templo era apoiado por uma imensa coluna, e a esta se achava amarrado um cordeiro todo ferido e ensangüentado. Nós que nos achávamos presentes parecíamos saber que esse cordeiro fora lacerado e ferido por nossa causa. Todos os que entravam no templo deveriam ir diante dele e confessar seus pecados. Exatamente diante do cordeiro estavam assentos elevados, sobre os quais sentava-se um grupo de pessoas que pareciam muito felizes. A luz celeste parecia resplandecer-lhes no rosto, e louvavam a Deus e entoavam alegres cânticos de ação de graças que se assemelhavam à música dos anjos. Esses eram os que se haviam colocado diante do Cordeiro, confessado seus pecados, recebido perdão, e agora, em alegre expectativa, aguardavam algum acontecimento feliz. Mesmo depois que entrei no edifício, sobreveio-me um receio, e uma sensação de vergonha de que eu devesse humilhar-me diante daquele povo; mas eu parecia ser compelida a ir para a frente, e vagarosamente caminhei em redor da coluna a fim de defrontar-me com o cordeiro, quando uma trombeta soou, o templo foi abalado, brados de triunfo se levantaram dos santos reunidos, e um intenso brilho iluminou o edifício: então tudo passou a ser trevas intensas. Toda aquela gente feliz desaparecera com o brilho, e fui deixada só no silencioso terror da noite. Despertei em agonia de espírito, e dificilmente pude convencer-me de que estivera a sonhar. Parecia-me que minha sorte estava fixada; que o espírito do Senhor me havia abandonado para não mais voltar. Logo depois disto tive outro sonho. Parecia-me estar sentada em desespero aterrador, com as mãos no rosto, refletindo assim: Se Jesus estivesse na Terra, eu iria a Ele, lançar-me-ia a Seus Pág. 80 pés, e contar-Lhe-ia todos os meus sofrimentos. Ele não Se desviaria de mim; teria de mim misericórdia, e eu O amaria e serviria sempre. Exatamente nesse momento se abriu a porta, e entrou uma pessoa de belo porte e semblante. Olhou para mim compassivamente e disse: "Desejas ver a Jesus? Ele aqui está, e podes vê-Lo se o desejas. Toma tudo que possuis e segue-me." Ouvi isso com indizível alegria, e contentemente ajuntei todas as minhas pequenas posses, e toda ninharia que como tesouro eu guardava, e segui a meu guia. Ele me conduziu a uma escada íngreme e aparentemente frágil. Começando a subir os degraus, aconselhou-me a conservar o olhar fixo para cima a fim de que não me atordoasse e caísse. Muitos outros que estavam fazendo essa íngreme ascensão caíam antes de galgar o cimo. Finalmente atingimos o último degrau e paramos diante de uma porta. Ali meu guia me informou que eu devia deixar todas as coisas que trouxera. Alegremente as depus. Então ele abriu a porta e mandou-me entrar. Em um instante me achei diante de Jesus. Não havia errar quanto àquele belo semblante; aquela expressão de benevolência e majestade não poderia pertencer a nenhum outro. Quando Seu olhar pousou sobre mim, vi logo que Ele estava familiarizado com todos os acontecimentos de minha vida e todos os meus íntimos pensamentos e sentimentos. Procurei furtar-me ao Seu olhar, sentindo-me incapaz de suportá-lo por ser tão penetrante; Ele, porém, Se aproximou com um sorriso, e, pondo a mão sobre minha cabeça, disse: "Não temas." O som de Sua doce voz agitou-me o coração com uma felicidade que nunca antes experimentara. Eu estava alegre demais para poder proferir uma palavra, e, vencida pela emoção, caí prostrada a Seus pés. Enquanto ali jazia inerte, cenas de beleza e glória passaram diante de mim, e parecia-me ter alcançado a segurança e paz do Céu. Finalmente recuperei as forças, e Pág. 81 levantei-me. O olhar amorável de Jesus ainda estava sobre mim, e Seu sorriso me enchia de alegria a alma. Sua presença despertou em mim uma santa reverência e um amor inexprimível. Meu guia abriu então a porta, e nós ambos saímos. Mandou-me tomar de novo todas as coisas que havia deixado fora. Isto feito, entregou-me um fio verde muito bem enovelado. Este ele me disse que colocasse perto do coração, e quando quisesse ver a Jesus, que o tirasse do seio e o estirasse inteiramente. Preveniu-me de que o não deixasse ficar enrolado durante muito tempo, para que não se embaraçasse e fosse difícil desemaranhar. Coloquei o fio junto ao coração, e cheia de alegria desci a estreita escada, louvando ao Senhor, e dizendo a todos com quem me encontrava onde poderiam encontrar Jesus. Este sonho deu-me esperança. O fio verde representava ao meu espírito a fé; e a beleza e simplicidade de confiar em Deus me começaram a raiar na alma.PRIMEIROS ESCRITOS, 79/81.

A OBRA DE ALGUNS É DIFAMAR O CARÁTER DOS SERVOS DE DEUS.

Preparação Para o Fim A 7 de setembro de 1850, em Oswego, Nova Iorque, o Senhor me mostrou que grande obra devia ser feita por Seu povo antes que este estivesse em condições de estar em pé para a batalha no dia do Senhor. Minha atenção foi dirigida para aqueles que se declaram adventistas, mas rejeitam a verdade presente, e vi que se estavam fragmentando e que a mão do Senhor estava em seu meio para dividi-los e espalhá-los agora no tempo do ajuntamento, de maneira que as jóias preciosas entre eles, que anteriormente tinham sido enganadas, tenham os seus olhos abertos e vejam o seu verdadeiro estado. E agora quando a verdade é-lhes apresentada pelos mensageiros do Senhor, estão preparados para ouvi-la e ver sua beleza e harmonia, e deixar suas relações e erros anteriores, abraçar a preciosa verdade e permanecer onde possa definir sua posição. Vi que os que se opõem ao sábado do Senhor não podiam tomar a Bíblia e mostrar que sua posição é correta; portanto Pág. 70 difamariam os que crêem e ensinam a verdade e atacariam o seu caráter. Muitos que foram uma vez conscienciosos e amaram a Deus e Sua Palavra têm-se tornado tão endurecidos pela rejeição da luz da verdade que não hesitam em impiamente desfigurar e falsamente acusar os que amam o santo sábado, desde que assim fazendo possam anular a influência dos que corajosamente afirmam a verdade. Mas essas coisas não impedirão a obra de Deus. Na verdade, esta conduta seguida pelos que odeiam a verdade será precisamente o meio de abrir os olhos de alguns. Cada jóia será separada e reunida, pois a mão do Senhor está estendida para reaver o remanescente de Seu povo, e Ele completará a obra gloriosamente. Nós que cremos na verdade devemos ser muito cuidadosos para não dar ocasião de falarem mal de nossas virtudes. Devemos ter certeza de que todo passo que dermos esteja de conformidade com a Bíblia, pois aqueles que odeiam os mandamentos de Deus triunfarão sobre nossos erros e faltas, como o fizeram os ímpios em 1843. A 14 de maio de 1851, vi a beleza e formosura de Jesus. Contemplando Sua glória, não me ocorreu o pensamento de que eu devesse separar-me de Sua presença. Vi uma luz provinda da glória que rodeava o Pai, e ao aproximar-se ela de mim, meu corpo tremeu e agitou-se como uma folha. Pensei que, se ela se aproximasse de mim, eu deixaria de existir; mas a luz passou por mim. Então pude ter alguma percepção do grande e maravilhoso Deus com que temos de tratar. Podia ver agora que vaga compreensão alguns têm da santidade de Deus, e quanto tomam em vão o Seu santo e reverendo nome, sem se compenetrarem de que é de Deus, o grande e poderoso Deus, que estão falando. Ao orarem, muitos usam expressões descuidosas e irreverentes, que ofendem o terno Espírito do Senhor, e fazem com que suas petições não cheguem ao Céu. Pág. 71 Vi também que muitos não compreendem o que devem ser a fim de viverem à vista do Senhor sem um sumo sacerdote no santuário, durante o tempo de angústia. Os que hão de receber o selo do Deus vivo, e ser protegidos, no tempo de angústia, devem refletir completamente a imagem de Jesus. Vi que muitos negligenciavam a preparação tão necessária, esperando que o tempo do "refrigério" e da "chuva serôdia" os habilitasse para estar em pé no dia do Senhor, e viver à Sua vista. Oh! quantos vi eu no tempo de angústia sem abrigo! Haviam negligenciado a necessária preparação, e portanto não podiam receber o refrigério que todos precisam ter para os habilitar a viver à vista de um Deus santo. Os que recusam ser talhados pelos profetas, e deixam de purificar a alma na obediência da verdade toda, e se dispõe a crer que seu estado é muito melhor do que realmente é, chegarão ao tempo em que as pragas cairão, e hão de ver então que necessitam ser talhados e lavrados para o edifício. Não haverá, porém, tempo para o fazer, e nem Mediador para pleitear sua causa perante o Pai. Antes deste tempo sairá a declaração terrivelmente solene de que: "Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda." Apoc. 22:11. Vi que ninguém poderia participar do "refrigério" a menos que obtivesse a vitória sobre toda tentação, orgulho, egoísmo, amor ao mundo, e sobre toda má palavra e ação. Deveríamos, portanto, estar-nos aproximando mais e mais do Senhor, e achar-nos fervorosamente à procura daquela preparação necessária para nos habilitar a estar em pé na batalha do dia do Senhor. Lembrem todos que Deus é santo, e que unicamente entes santos poderão morar em Sua presença. PRIMEIROS ESCRITOS, 70/71.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O QUE DISTRAI PODE DESTRUIR.

Mentes enfraquecidas É movida de amor para com vossa alma que me acho compelida a escrever-vos no momento. Sinto-me opressa sob o peso da responsabilidade que tomo agora sobre mim, de escrever-vos estas coisas. Estais, pela vossa conduta, fechando as portas do Céu diante de vós mesmos e de vossos filhos; pois nem vós nem eles ali entrareis com o caráter defeituoso que tendes atualmente. Estais, minha irmã, jogando uma partida triste na vida, sem perspectivas de ganhá-la. Com tristeza vos contemplam os santos anjos, ao passo que os anjos maus olham triunfantes, ao verem como estais perdendo rapidamente as graças que adornam o caráter cristão, enquanto em lugar delas vai Satanás gravando seus próprios traços maus. Tendes-vos entregue à leitura de romances e novelas a ponto de viver em um mundo imaginário. A influência dessa leitura é prejudicial tanto à mente como ao corpo; enfraquece o intelecto e ocasiona terrível sobrecarga às forças físicas. Ocasiões há em que vossa mente possui sanidade precária, devido à imaginação ter sido superagitada e levada a um estado doentio pela leitura de ficções. A mente deve ser disciplinada por tal forma, que todas as suas faculdades sejam harmonicamente desenvolvidas. Determinado exercício poderá revigorar algumas dessas faculdades, deixando ao mesmo tempo outras sem desenvolvimento, de modo que sua utilidade ficará prejudicada. A memória sofre grande detrimento com as leituras mal escolhidas, as quais tendem a desequilibrar as faculdades de raciocínio, criam um estado de nervosismo, fadiga mental e prostração de todo o organismo. Caso a imaginação seja constantemente superalimentada e estimulada com literatura de ficção, torna-se em breve um tirano, controlando todas as outras faculdades da mente, fazendo com que o gosto se torne caprichoso e pervertendo as tendências.I TESTEMUNHOS SELETOS, 522. Os jovens acham-se em grande perigo. Grande mal resulta da leitura leviana a que se entregam. Perde-se muito tempo que devia ser empregado em ocupações úteis. Alguns até se privam do sono para terminar alguma ridícula história de amor. O mundo acha-se inundado de novelas de toda sorte. Algumas não são de natureza tão perigosa como outras. Umas são imorais, baixas e vulgares; outras revestem-se de mais refinamento; todas, porém, são perniciosas em sua influência. Oh, se os jovens refletissem na influência que as [238] histórias empolgantes* exercem no espírito! Podeis vós, depois de uma leitura dessas, abrir a Palavra de Deus e ler com interesse as palavras da vida? Não achais desinteressante o Livro de Deus? A fascinação daquela história de amor prende o espírito, destruindo-lhe o tono saudável, e tornando-vos impossível fixar a mente nas verdades importantes, solenes, que dizem respeito a vosso interesse eterno. Pecais contra vossos pais devotando o tempo que lhes pertence a um tão mesquinho desígnio, e pecais contra Deus em assim empregar o tempo que devia ser passado em devoção a Ele.I TESTEMUNHOS SELETOS,220.

OS EFEITOS DA DESUNIÃO.

Nada enfraquece tão evidentemente uma igreja como a desunião e a contenda. Coisa alguma combate mais contra Cristo e a verdade do que esse espírito. SIGNS OF THE TIMES, 7/2/1900.

UNIÃO É PLANO DE DEUS.

Unidos com os irmãos É egoísmo os homens que julgam ter algum trabalho a fazer pelo Mestre, desejarem fazer sozinhos o seu trabalho, e recusarem ligar-se àqueles que para eles seriam um auxílio, só por temerem não obter todo o crédito de fazer o bom trabalho que eles se gabam que farão. Tem isso grandemente embaraçado a obra de Deus. Que um irmão lance mão de outro. Uni um Pedro a um João. Anime cada um a seu irmão a ficar a seu lado, fazendo trabalho zeloso, interessado, como coobreiros na grande obra. Podem dois ou três orar juntos, cantar juntos os louvores a Deus e crescer até a estatura completa de coobreiros de Deus. Deve ser alimentada a perfeita harmonia. Devem todos servir ao Senhor como criancinhas, sentindo que são ramos do mesmo tronco original. TESTEMUNHOS PARA MINISTROS E OBREIROS EVANGÉLICOS, 279.