sábado, 24 de fevereiro de 2018

AQUELE QUE QUISER VENCER PRECISA LUTAR.

Você não pode concordar em professar a verdade e não vivê-la, pois sempre admirou uma vida condizente com a profissão de fé. Foi-me mostrado um livro no qual estavam escritos seu nome e os de muitos outros. Ao lado do seu nome havia um borrão negro. Você estava olhando para ele e dizendo: “Ele nunca será eliminado.” Jesus levantou a mão ferida sobre ele e disse: “Somente Meu sangue pode apagá-lo. Se você quiser daqui para diante escolher o caminho da humilde obediência e confiar somente nos méritos do Meu sangue para cobrir suas transgressões passadas, ‘Eu ... sou o que apaga as tuas transgressões ... e dos teus pecados Me não lembro.’ Isaías 43:25. Mas se você escolher o caminho dos transgressores, deve ceifar a recompensa do transgressor. ‘O salário do pecado é a morte.’” Romanos 6:23. – {T1 543.2}

Vi anjos maus cercando o irmão e buscando desviar sua mente de Cristo, fazendo com que você olhasse para o Senhor como um Deus de justiça, e perdesse de vista o amor, a compaixão e a misericórdia do Salvador crucificado, que “pode salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus”. Hebreus 7:25. Disse o anjo: “Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.” 1 João 2:1. – {T1 543.3}

Quando o irmão se acha sob a pressão de ansiedade mental; quando dá ouvidos às sugestões de Satanás, murmura e se queixa, um anjo ministrador é comissionado para levar-lhe o auxílio que necessita e envergonhar a linguagem de sua mente incrédula. Você desconfia do Senhor e de Seu poder para salvar perfeitamente. Desonra a Deus por essa cruel descrença e causa a si mesmo muito sofrimento desnecessário. Vi anjos celestes cercarem protetoramente o irmão. Eles afastavam os anjos maus, olhavam com piedade e tristeza para você e, apontando o Céu à coroa imortal, declaravam: “Aquele que quiser vencer precisa lutar.” – {T1 544.1}

Embora estivesse sob dúvidas e perplexidade, não se atreveu a romper inteiramente a conexão que havia entre você e o povo que guarda os mandamentos de Deus . Não renunciou, porém, a tudo por causa da verdade. Não rendeu o ser, nem a própria vontade. Você teme depor a si mesmo e tudo quanto tem sobre o altar de Deus, com receio de que seja exigida a devolução de alguma parte do que lhe foi concedido. Os anjos celestiais estão familiarizados com nossas palavras e ações e mesmo com os pensamentos e intenções do coração. Você, caro irmão, teme que a verdade lhe custe muito, mas isso é uma das sugestões de Satanás. Se ela exigisse tudo quanto você possui, ainda assim não custaria muito. O valor recebido, se corretamente estimado, é um eterno peso de glória. Quão pouco nos é requerido! Quão pequeno o sacrifício que fazemos em comparação com o que nosso divino Senhor fez por nós!     T1, cap. 95, p.545.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

ACONTECEU ASSIM MESMO.

Satanás treme ao contemplar sua obra. Ele está sozinho meditando sobre o passado, o presente e o futuro de seus planos. Sua poderosa estrutura vacila como com uma tempestade. Um anjo do Céu está passando. Ele o chama e suplica uma entrevista com Cristo. Isto lhe é concedido. Então, relata ao Filho de Deus que está arrependido de sua rebelião e deseja voltar ao favor divino. Está disposto a tomar o lugar que previamente Deus lhe designara e sujeitar-se a Seu sábio comando. Cristo chorou ante o infortúnio de Satanás mas disse-lhe, como pensamento de Deus, que ele jamais poderia ser recebido no Céu. O Céu não devia ser colocado em perigo. Todo o Céu seria manchado se fosse recebido de volta, pelo pecado e rebelião originados com ele. As sementes da rebelião ainda estavam nele. Não tivera, em sua rebelião, nenhum motivo para seu procedimento, e irremediavelmente arruinara não só a si mesmo mas a hoste de anjos, que teria sido feliz no Céu, tivesse ele permanecido firme. A lei de Deus podia condenar mas não podia perdoar. – {HR 26.1}
Ele não se arrependeu de sua rebelião porque visse a bondade de Deus da qual havia abusado. Não era possível que seu amor por Deus tivesse aumentado tanto desde a queda, que o levasse a uma alegre submissão e feliz obediência à Sua lei, por ele desprezada. A desgraça que experimentara em perder a doce luz do Céu, o senso de culpa que o apoquentava, o desapontamento que sentiu em não ver realizadas suas esperanças, foram a causa de sua dor. Ser comandante fora do Céu era vastamente diferente de ser assim honrado no Céu. A perda que sofreu de todos os privilégios celestiais parecia demais para suportar. Desejava recuperá-los. – {HR 26.2}
Esta grande mudança de posição não tinha aumentado seu amor por Deus, nem por Sua sábia e justa lei. Quando Satanás se tornou plenamente convencido de que não havia possibilidade de ser reintegrado no favor de Deus, manifestou sua maldade com aumentado ódio e feroz veemência. – {HR 27.1}

Deus sabia que tão determinada rebelião não permaneceria inativa. Satanás inventaria meios para importunar os anjos celestiais e mostrar desdém por Sua autoridade. Como não podia ser admitido no interior dos portais celestes, aguardaria mesmo à entrada, para escarnecer dos anjos e procurar contender com eles ao passarem. Procuraria destruir a felicidade de Adão e Eva. Esforçar-se-ia por incitá-los à rebelião, sabendo que isto causaria tristeza no Céu. – {HR 27.2}

A ORIGEM DO MAL.

Toda a hoste celestial foi convocada para comparecer perante o Pai a fim de que cada caso ficasse decidido. Satanás ousadamente fez saber sua insatisfação por ter sido Cristo preferido a ele. Permaneceu orgulhoso e instando que devia ser igual a Deus e introduzido a conferenciar com o Pai e entender Seus propósitos. Deus informou a Satanás que apenas a Seu Filho Ele revelaria Seus propósitos secretos, e que requeria de toda a família celestial, mesmo Satanás, que Lhe rendessem implícita e inquestionável obediência; mas que ele (Satanás) tinha provado ser indigno de ter um lugar no Céu. Então, Satanás exultantemente apontou aos seus simpatizantes, que compreendiam quase a metade de todos os anjos, e exclamou: “Estes estão comigo! Expulsarás também a estes e deixarás tal vazio no Céu?” Declarou então que estava preparado para resistir à autoridade de Cristo e defender seu lugar no Céu pelo poder da força, força contra força. – {HR 18.1}
Os anjos bons choraram ao ouvir as palavras de Satanás e suas exultantes jactâncias. Deus declarou que os rebeldes não mais podiam permanecer no Céu. Seu estado elevado e feliz tinha sido conservado sob a condição de obediência à lei que Deus dera para governar as elevadas ordens de seres. Mas, nenhuma provisão tinha sido feita para salvar os que se aventurassem a transgredir Sua lei. Satanás tornou-se mais ousado em sua rebelião, e expressou seu desprezo à lei do Criador. Esta Satanás não podia suportar. Declarou que os anjos não precisavam de lei, mas deviam ser livres para seguir sua própria vontade, a qual os guiaria sempre retamente; que a lei era uma restrição a sua liberdade; e que a abolição da lei era um dos grandes objetivos da posição que assumira. A condição dos anjos, pensava ele, necessitava de aperfeiçoamento. Assim não pensava Deus que tinha feito leis, colocando-as em igualdade consigo mesmo. A felicidade da hoste angélica consistia em sua perfeita obediência à lei. Cada um tinha seu trabalho especial designado, e antes da rebelião de Satanás, existira no Céu perfeita ordem e ação harmônica. – {HR 18.2}

Então houve guerra no Céu. O Filho de Deus, o Príncipe do Céu, e Seus anjos leais empenharam-se num conflito com o grande rebelde e com aqueles que se uniram a ele. O Filho de Deus e os anjos verdadeiros e leais prevaleceram; e Satanás e seus simpatizantes foram expulsos do Céu. Toda a hoste celestial reconheceu e adorou o Deus da justiça. Nenhuma mácula de rebelião foi deixada no Céu. Tudo voltara a ser paz e harmonia como antes. Os anjos do Céu lamentaram a sorte daqueles que tinham sido seus companheiros de felicidade e alegria. Sua perda era sentida no Céu. – {HR 19.1}